A introdução de novos aviões e o aumento do tempo de voo aumentaram a frequência de problemas médicos relacionados com a chamada «síndrome da classe económica», concluiu um estudo publicado quarta-feira pela revista médica «The Lancet».
«Os casos médicos em aviões aumentaram porque um número crescente de indivíduos com problemas de saúde prévios viajam de avião», refere o trabalho da autoria de Mark Gendreau, do Centro Médico Lahey, de Burlington, nos Estados Unidos.
Segundo o estudo, os novos aviões, como o «Airbus A380 e o Boeing 777 LR, capazes de fazer viagens de até vinte horas, aumentam o número de passageiros com uma condição de saúde frágil que podem sofrer mudanças fisiológicas associadas ao voo».
O documento sublinha que as pessoas afectadas são principalmente passageiros com problemas cardíacos, pulmonares e vasculares, cujas doenças são exacerbadas pela redução do oxigénio causada pela pressurização da cabina, num processo que aumenta com cada viagem.
O estudo fez um seguimento de passageiros que padeciam de obstrução pulmonar crónica, constatando que 18 por cento destas pessoas apresentavam dificuldades respiratórias durante o voo.
Em termos gerais, o estudo publicado na revista «The Lancet» indica que o risco de trombo-embolia pulmonar e multiplicado por quatro quando o voo dura mais de oito horas, especialmente nas pessoas que não vão sentadas em lugares de corredor.
Mais problemas médicos relacionados com viagens de avião
- Redação
- SM
- 19 fev 2009, 07:21
Novas aeronaves e aumento do tempo de voo fazem crescer a chamada «síndrome da classe económica»
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