Covid-19: Boeing suspende produção a partir de quarta-feira - TVI

Covid-19: Boeing suspende produção a partir de quarta-feira

Boeing 737 MAX

Fábrica de aviões vai fechar as unidades de Seattle, nos Estados Unidos, onde trabalham 42 mil pessoas durante as próximas duas semanas, um dos trabalhadores terá morrido infetado com o novo coronavírus

A fabricante de aviões Boeing vai suspender as operações nas fábricas que tem em Seattle, no estado de Washington, na costa oeste dos Estados Unidos, devido à propagação do novo coronavírus, já a partir de quarta-feira, e durante as próximas duas semanas.

A decisão da empresa acontece depois de um trabalhador infetado com Covid-19 ter morrido, conforme avança o jornal 'Seattle Times'. O presidente do conselho de administração da Boeing ainda não confirmou o óbito, mas admite que 32 colaboradores testaram positivo ao novo coronavírus, incluído 25 que trabalham nas fábricas de Seattle. Através de um comunicado, Dave Calhoun justificou a decisão:

Isto é um passo necessário para proteger os nossos empregados e as as comunidades onde eles trabalham e vivem."

De destacar que o estado de Washington, onde a empresa tem as duas fábricas que vão encerrar, é um dos mais afetados pela Covid-19, no país da América do Norte. Por lá, já morreram pelo menos 95 pessoas.

Apesar da má notícia, a empresa assegura que os funcionários que não consigam desempenhar funções em regime de teletrabalho, como é o caso das dezenas de milhares de mecânicos que constroem as aeronaves, vão continuar a receber o ordenado.

A Boeing tem duas fábricas em Seattle, uma em Everett e outra em Renton. Na primeira, que tem o maior edifício do mundo e que produz os modelos 777 e 787, trabalham cerca de 30 mil pessoas. Na segunda, que produz o modelo 737, estão fixados 12 mil funcionários. Ainda assim, a fábrica instalada no estado da Carolina do Sul vai continuar a laborar.

O governador de Washington aplaudiu a decisão da fabricante de aviões: "É hora de ações ousadas como esta".

Apesar do aparente consenso no encerramento das unidades de Seattle, o cenário de futuro para a empresa não se prevê animador, uma vez que, no espaço de um ano, este é o segundo rombo nas contas da Boeing, depois da crise, ainda por resolver, relacionada com o modelo 737 MAX. Devido a erros de fabricação, duas aeronaves deste tipo caíram, causando a morte a 338 pessoas, e milhares de outras iguais foram obrigadas a paralisar em terra, em diversos pontos do mundo.

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