O presidente chileno Sebastian Pinera pediu, este sábado, uma remodelação governamental na tentativa de acalmar os protestos na capital que duram há uma semana e levaram mais de um milhão de pessoas à emblemática Praça Itália. O anúncio do presidente do Chile surge um dia após uma manifestação histórica contra as desigualdades sociais que reuniu mais de um milhão de pessoas.
Pedi a todos os ministros para apresentarem a demissão para poder formar um novo governo e poder responder às vossas exigências", disse Pinera no palácio presidencial La Moneda.
Piñera anunciou também que tenciona levantar o estado de emergência no domingo "se as circunstâncias o permitirem", tentando contribuir "para uma normalização que tantos chilenos querem e merecem".
O presidente chileno declarou, no início da semana, estado de emergência, colocando as forças militares encarregadas de manter a segurança em Santiago do Chile. Pinera disse que o Chile estava “numa guerra” contra vândalos.
A saída do Presidente do país, Sebastián Piñera, é uma das principais exigências dos manifestantes, por causa da repressão e violações de direitos humanos por parte das forças da ordem contra os manifestantes nos dias anteriores.
Os protestos e a sua repressão já fizeram pelo menos 19 mortos, centenas de feridos e milhares de detidos.