A ex-candidata presidencial francesa Ségolène Royal subscreveu na segunda-feira a tese da Presidente chilena, Michelle Bachelet, de um «femicídio político» que sujeita a mulher em funções políticas a críticas mais duras do que ao homem.
«A Presidente Bachelet tem razão: para a mulher é muito mais duro, porque está como que numa situação sem saída», disse Ségolène. «Quando mostra autoridade e eleva a voz, diz-se que é uma mulher histérica e, se não faz, diz-se que lhe falta autoridade».
Ségolène falava à saída de uma reunião em Santiago do Chile com a direcção do Partido Socialista Chileno, depois de ter assistido às eleições presidenciais na Argentina em que foi eleita uma mulher, Cristina Fernández Kirchner.
A integração da mulher na política, comentou Ségolène, «é uma evolução histórica muito importante mas, de qualquer modo, para a mulher é muito mais duro».
«É-lhe mais difícil chegar ao poder, porque os homens têm uma forte resistência a deixar o caminho livre a uma mulher, ainda que não o digam abertamente e embora não actuem todos como um bloco», declarou.
«Se a mulher fá-lo bem e tem êxito, os homens dizem é normal, e se o faz menos bem, então destroem-na com a crítica», disse Ségolène Royal.
Sabe o que é o «femicídio político»?
- Portugal Diário
- 30 out 2007, 09:04
Ségolène Royal concorda com tese da Presidente chilena, Michelle Bachelet
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