Mais de três anos e meio depois, o reencontro entre Alemanha e Brasil foi em quase tudo uma antítese dos 7-1 do «Mineiraço», das meias-finais do Mundial 2014. Palco, Olímpico de Berlim. E uma bola certeira de Gabriel Jesus a dar o triunfo aos canarinhos por 1-0, ante a atual campeã do mundo.
Várias diferenças, desde logo, na constituição das equipas e também no banco de suplentes do Brasil, agora treinado por Tite. E também no marcador, que desta feita só mexeu uma vez e a favor dos brasileiros, muito mais coesos na defesa. Algo que, de resto, Low salientara na antevisão.
Na primeira parte, nos da casa, Sané foi o agitador de serviço, Mario Gómez a referência à baliza de Alisson. Mas o setor defensivo do Brasil, com Casemiro no apoio, foi sólido quanto-baste.
Do outro lado, no único remate à baliza da primeira parte, Gabriel Jesus foi letal e contou com a ajuda de Kevin Trapp: cruzamento de Willian na medida certa, pela direita e cabeçada do avançado do Man. City. Trapp deu uma palmada, não segurou e entrou baliza dentro. Ele e a bola, ao minuto 37.
Na segunda parte, as entradas de Stindl, Brandt, Sandro Wagner e Timo Werner espevitaram a Alemanha, que, no entanto, só teve a melhor ocasião já em tempo de compensação, num remate de Draxler socado por Alisson.
Antes, já Trapp tinha negado o 0-2 a Paulinho, num remate do jogador brasileiro dentro da área.
O êxito brasileiro no jogo amigável quebrou um recorde simbólico dos germânicos. A seleção de Joachim Low, que não perdeu em 2017, voltou a sair derrotada de um jogo mais de um ano e meio depois: a última vez foi a 7 de julho de 2016, ante a França.
Foi, ainda, a primeira derrota alemã no seu país em quase dois anos. A derradeira remonta a 29 de maio de 2016, num jogo particular ante a Eslováquia, em Augsburgo: 1-3.