O adolescente canadiano, William Gadoury, que descobriu uma antiga cidade Maia sem sair do quarto, terá de viajar até à selva do Lucatão, no México, para comprovar a sua teoria.
Depois de uma pesquisa, que levou o jovem canadiano de 15 anos a concluir a existência de uma desconhecida estrutura Maia naquela península mexicana, tudo o que falta para validar a descoberta é viajar até ao local.
Na investigação, o jovem recorreu à ferramenta Google Earth e a imagens do satélite RADARSAT-2, que lhe foram cedidas pela Agência Espacial Canadiana.
A conclusão do adolescente levantou algumas dúvidas entre as organizações mexicanas, que desconfiam da existência da cidade e querem ver comprovada a teoria no local. O Instituto Nacional de Antropologia e História do México descartou mesmo a possibilidade de tratar-se de uma cidade Maia desconhecida.
Já consultámos especialistas e arqueólogos e essa informação não está fundamentada arqueologicamente", disse à BBC, Ivonne Falcón, porta-voz da instituição.
Rafael Cobos, membro do Sistema Nacional de Pesquisadores do México e professor de arqueologia Maia acredita que ir até ao local é fundamental para o projeto.
Se realmente queremos divulgar uma descoberta tão importante, o jovem deve ir ao campo e comprovar que se trata realmente de uma grande descoberta. Se não, pode ficar numa má situação", consideriu Cobos, também em declarações à BBC.
Mas William Gadoury pode ter encontrado uma pirâmide com cerca de 86 metros de altura e 30 outras construções. O adolescente entrou em contacto com o professor Armand Larocque, da Universidade de New Brunswick, que acredita que o jovem descobriu a quinta maior cidade Maia.
Desde 2014, a área arqueológica de Calakmul e os bosques tropicais da região estão na lista do Património Mundial da UNESCO.