Sadio Mané constrói hospital na cidade natal para ajudar as pessoas e honrar o pai - TVI

Sadio Mané constrói hospital na cidade natal para ajudar as pessoas e honrar o pai

Sadio Mané: 75 milhões -> 150 milhões (+ 75 milhões)

Unidade hospitalar deve estar pronta dentro de seis meses e será inteiramente financiada pelo jogador do Liverpool

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Sadio Mané vai ter um documentário em nome próprio, com o título «Born in Senegal», que vai ser estreado na próxima quarta-feira. Entre as várias histórias que conta, o avançado do Liverpool revelou que vai financiar a construção de um hospital na cidade natal, que será a primeira unidade hospitalar da localidade. Um sonho antigo que agora se concretiza.

Na base deste sonho, diz Sadio Mané, está o facto do pai ter morrido quando ele era criança sem acesso a quaisquer cuidados médicos. «Eu tinha sete anos», conta o avançado no filme. «Estávamos prestes entrar em campo para jogar quando um primo meu se aproximou de mim e me disse: 'Sadio, o teu pai faleceu.' Eu respondi: 'A sério? Não, ele está a brincar...' Não conseguia compreender que fosse verdade.»

Vinte anos depois do pai ter falecido, Sadio Mané deve inaugurar o hospital inteiramente financiado por ele em cerca de seis meses. A unidade hospitalar junta-se a uma escola, também inteiramente financiada pelo jogador e que já está a funcionar na cidade natal, em Bambali, na Província de Sédhiou.

«Antes de morrer, o meu pai estava com uma doença há semanas. Arranjamos-lhe um remédio tradicional e ele ficou mais calmo durante três ou quatro meses. Mas depois a doença voltou e o remédio já não funcionou. Como não havia hospital em Bambali, tiveram que levá-lo para uma cidade próxima para ver se poderiam salvá-lo. Mas não conseguiram», recorda.

«Lembro-me que minha irmã também nasceu em casa porque não havia hospital na nossa cidade. Foi uma situação muito, muito triste para todos. Por isso sempre quis construir um hospital para dar esperança às pessoas.»

A família de Mané, de resto, junta-se todos os anos no aniversário da morte do pai para recitar o Alcorão, já que são todos muçulmanos e o pai até era imã. O jogador do Liverpool conta também que sentiu muito a falta do pai e talvez por isso tenha fugido de casa quando tinha 15 anos, para ir viver para a capital Dakar e perseguir o sonho de ser jogador.

«Foi difícil porque não tinha ninguém que me impulsionasse a alcançar o meu sonho. Mas nunca parei de sonhar. Foi preciso muita coragem largar minha família e ir para Dakar, mas sabia que poderia ter sucesso. Depois disso, minha família começou a levar isso mais a sério e compreendeu que eu não queria fazer mais nada. Percebram que não tinham escolha e então ajudaram-me.»

Born in Senegal estreia na quarta-feira e promete valer muito a pena.

 

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