“Dedos covid” deixam adolescente quase sem capacidade para andar - TVI

“Dedos covid” deixam adolescente quase sem capacidade para andar

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Britânica de 13 anos sofre há meses com aquela que é considerada uma das sequelas da covid-19, ainda que nunca tenha testado positivo

Uma adolescente britânica de 13 anos sofre há meses com um dos sintomas menos comuns da covid-19, os “dedos covid”, apesar de nunca ter testado positivo.

Os “dedos covid” são erupções cutâneas nos dedos dos pés, que parecem frieiras ou lesões avermelhadas ou roxas, e que foram associadas à covid-19 depois de vários casos relatados. O European Journal of Pedeatric Dermatology chegou mesmo a reportar uma "epidemia" de casos entre crianças e adolescentes em Itália.

Ainda que haja casos em todo o mundo, muitos não são notificados, tornando difícil o seu rastreamento.

Os meus pés incham, fico com bolhas e vão do rosa ao roxo muito rapidamente. Fico com altos na planta do pé e, por isso,não consigo ficar de pé muito tempo. Praticamente só consigo usar chinelos”, contou a jovem escocesa à BBC, que deixou de ir à escola e depende de uma cadeira de rodas para percursos mais longos.

Um dos podologistas entrevistados pela BBC disse que já se deparou com alguns casos na sua clínica, a maioria em pacientes jovens, que “não têm outros sinais de covid-19 e que testaram negativo”.

Há algumas teorias sobre o que pode explicar o resultado negativo à covid-19. Um delas é o facto de aparecer no final do período infecioso do vírus, podendo ser indetetável num teste PCR. Outra é a possibilidade de os pacientes libertarem interferão [uma proteína produzida pelo organismo para combater a replicação de fungos, vírus, bactérias e células de tumores e estimular a atividade de defesa de outras células], o que significa que eliminam rapidamente o vírus antes que a imunidade seja desenvolvida, deixando essas lesões na pele”, explicou.

Sofia já experimentou de tudo e não se consegue livrar dos "dedos covid".

Ela tem ido a dermatologistas e tem tomado hormonas. Já fez todos os testes possíveis, medicações, cremes e tudo o mais, os médicos já não sabem que mais experimentar", contaram, ainda, os pais da adolescente.

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