Uma jovem italiana que foi sequestrada no Quénia quando fazia voluntariado foi libertada na Somália 18 meses depois, disseram no sábado autoridades italianas.
O primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, saudou a libertação de Silvia Romano, uma voluntária de 23 anos da organização humanitária italiana África Milele (que na sua página oficial dá em grande destaque as boas vindas a Silvia) que foi sequestrada em novembro de 2018 na região de Chakama (entre Mombaça e Melinde).
“Silvia, estamos esperando por você em Itália”, escreveu na rede social Twitter o primeiro-ministro, que agradeceu também aos serviços diplomáticos.
Silvia Romano è stata liberata! Ringrazio le donne e gli uomini dei servizi di intelligence esterna. Silvia, ti aspettiamo in Italia!
— Giuseppe Conte (@GiuseppeConteIT) May 9, 2020
O líder da comissão parlamentar de Segurança, Raffaele Volpi, disse que a jovem tinha aparecido em boas condições depois do seu resgate a cerca de 30 quilómetros da capital somali, Mogadíscio.
“Ela está em boa forma. Obviamente passou tempos difíceis quando esteve presa, mas está bem”, disse o responsável, citado pela agência de notícias italiana, ANSA.
Segundo a imprensa italiana Silvia Romano acabou, após o sequestro, nas mãos de militantes ligados ao grupo da Al-Qaida na Somália, Al-Shabad.
Al-Shabad foi responsabilizado por uma série de sequestros de estrangeiros ao longo da costa do Quénia.
Ronald Kazungu Ngala, um estudante cuja educação estava a ser patrocinada pela África Milele e que presenciou o rapto disse que sempre procurou informações sobre o destino da jovem. “Sinto-me muito feliz. Não sabíamos se eles a tinham matado ou se lhe tinham feito algum mal. Viver na incerteza era doloroso”, disse o jovem, de 20 anos.
O ministro dos Negócios Estrangeiros de Itália, Luigi Di Maio, que também anunciou a libertação de Silvia Romano no Twitter, disse: “O Governo nunca deixa ninguém para trás”.