Encerrada escola que incentivava mulheres a obedecer aos homens - TVI

Encerrada escola que incentivava mulheres a obedecer aos homens

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  • 5 dez 2017, 00:18
Escola que ensinava as mulheres a obedecer aos homens foi forçada a fechar

Instituição chinesa ensinava as mulheres a não terem ambições na carreira ou que morreriam se tivessem relações sexuais com mais de três homens

Uma escola foi obrigada a fechar portas na China depois das autoridades locais terem assistido a vídeos de palestras polémicas que ali decorriam. A instituição em causa, a Fushun School of Traditional Culture, era conhecida por ensinar as mulheres a desempenhar as tarefas domésticas e a serem obedientes aos homens.

Um dos vídeos a que as autoridades assistiram e que se tornou viral nas redes sociais, mostra um conferencista a dizer que as mulheres não deviam ter carreira profissional para que "permanecessem num nível inferior" e que "falar menos e trabalhar mais" era uma virtude.

"Qualquer pergunta que o vosso marido faça a vossa resposta deve ser: 'Sim, é para já'", pode ouvir-se no vídeo, de acordo com a BBC.

Outros dos conselhos dados era que as "alunas" não oferecessem resistência, no caso de serem espancadas pelos maridos, e que nunca deveriam protestar ou pedir o divórcio. As mulheres eram ainda alertadas de que morreriam se tivessem relações sexuais com mais de três homens, sob o argumento de que o sémen se torna venenoso.

A escola, criada por Kang Jinsheng com o propósito de "promover a cultura tradicional", já tinha sido alvo de queixas por parte de funcionários, que exigiam que o estabelecimento fosse encerrado. 

Segundo o Global Times, um jornal diário local, um dos membros do departamento de educação local afirmou, em comunicado, que os ensinamentos dados na escola "iam contra os valores socialistas fundamentais e contra a moralidade social" e, por isso, a instituição, aberta em 2011, devia ser encerrada imediatamente. 

Nos últimos anos, foram criadas na China outras instituições semelhantes, com o propósito de ensinar "virtudes femininas tradicionais", facto que já terá dado origem a uma investigação por parte das entidades competentes.  

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