Insatisfação sexual influencia sentido de voto - TVI

Insatisfação sexual influencia sentido de voto

(Foto Cláudia Lima da Costa)

Quem não está satisfeito com a vida amorosa tende a votar em candidatos com discursos de protesto: extrema-direita ou extrema-esquerda

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O Instituto Francês de Opinião Pública (Ifop) divulgou uma pesquisa que mostra que a vida sexual dos eleitores influencia as suas opções políticas. Segundo a BBC o estudo mostra que que quem não está satisfeito com sua vida amorosa tende a votar em candidatos que se baseiam em discursos de protesto.

De acordo com a pesquisa, 35% dos franceses não satisfeitos com sua sexualidade votarão no candidato Jean-Luc Mélenchon, da coalizão Frente de Esquerda (extrema-esquerda). Outros 31% dos que não se consideram satisfeitos sexualmente disseram ser eleitores de Marine Le Pen, a candidata da Frente Nacional (extrema-direita).

A pesquisa, encomendada pela revista Hot Video, entrevistou 1.400 franceses. Os resultados foram divulgados a menos de 15 dias das eleições presidenciais no país.

O resultado da pesquisa sugere ainda que a satisfação dos franceses não está relacionada à frequência com que mantêm relações sexuais. Os eleitores de direita e centro aparentemente levam uma vida sexual menos intensa que os dos partidos mais radicais.

Segundo a pesquisa, os partidários do presidente Nicolas Sarkozy têm relações sexuais 6,7 vezes por mês. Os eleitores da extrema-direita disseram praticar o sexo em média 7,7 vezes por mês. Já aqueles que preferem a extrema-esquerda afirmaram ter relações sexuais oito vezes por mês.

Contudo, a relação entre sexo e política possui outra explicação, que reside nas diferenças de nível social e educacional do eleitorado de cada partido.

«Normalmente aqueles que votam na direita são pessoas de mais idade e mais religiosos que os demais franceses. Por isso têm uma atividade sexual menos frequente», disse à BBC o diretor da pesquisa François Kraus.
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