Em 2015, a história de Shamima Begum chocou a sociedade britânica, em 2015, quando deixou o país, com 15 anos de idade, acompanhada por outras duas adolescentes par se juntarem ao ISIS na Síria. A mãe da menor ficou destroçada e fez um apelo para a filha retornar a casa, mas esta sempre negou um regresso e garantiu que partiu de livre vontade.
A história ficou adormecida até ao início deste no quando a jovem deu uma entrevista a um canal televisivo e se confessou arrependida da decisão. Na mesma entrevista revelou que já era mãe, o marido é um holandês jihadista, Yago Riedijk, que está num centro de detenção gerido por curdos.
No início do mês de março soube-se que o bebé morreu num campo de refugiados no norte da Síria.
Shamima voltou agora a conceder uma entrevista, ao The Times, onde se mostra arrependida de tudo o que fez e pede um segunda oportunidade ao Reino Unido. O problema com o regresso é que o governo britânico retirou nacionalidade à jovem de 19 anos.
Fizeram-me uma lavagem cerebral. Vim para aqui porque acreditei em tudo o que me disseram, sabendo muito pouco sobre sobre a realidade da minha relegião", conta Shamima Begum em entrevista ao The Times.
A jovem conta que teme pela própria vida desde que concedeu a primeira entrevista, em que pedia para voltar para casa. A vida no centro de refugiados é descrita como difícil.
Vivo diariamente com medo que um fanático do ISIS me incendeie a tenda", lamenta a jovem.
Um advogado contratado pela família, originária do Bangladesh, tentou já por diversas facilitar o regresso de Shamima Begum, mas Sajid Javid, secretário do Interior não só negou o pedido como revogou a cidadania britânica à jovem.
O grupo de amigas partiu com destino à Síria, onde tencionavam casar-se com combatentes do ISIS, numa altura em que o programa de recrutamento online do grupo ‘jihadista’ atraiu muitos jovens impressionáveis para o seu autoproclamado califado. Nada se sabe sobre o que aconteceu às amigas de Begum.