Polícia pediu a uma mulher para tirar o tampão durante uma revista - TVI

Polícia pediu a uma mulher para tirar o tampão durante uma revista

  • PP
  • 22 jul 2020, 16:55
Polícia Federal Australiana

Incidente aconteceu no ano passado em Sidney, na Austrália

A polícia de Sidney pediu a uma mulher para retirar o tampão durante uma revista, escreve a BBC News. Várias queixas levaram as autoridades a abrir uma investigação e, agora, o relatório final foi conhecido. Há registo, pelo menos, de cinco revistas “impróprias”, por parte das autoridades, e que terão acontecido no ano passado, em Sidney, na Austrália.

A maioria dos casos aconteceram durante festivais de música e terão deixado as vítimas a sentirem-se “humilhadas”.

A polícia da Nova Gales do Sul já fez saber que irá ter em consideração as revelações do relatório da Comissão de Avaliação da Conduta das Forças Policiais.

A Comissão determinou, num caso, que a polícia tinha que pedir desculpa a uma das jovens envolvidas e, ressalvou, que noutro caso, um dos agentes tinha sido suspenso de funções.

A decisão de levar a cabo esta investigação, nasceu do facto dos pais de algumas jovens terem apresentado queixa e, outras situações, terem sido notícia nos órgãos de comunicação social.

Ao longo do relatório fica, ainda, claro que existem dúvidas sobre a legalidade de muitas revistas relacionadas com “drogas”.

O caso em que a polícia pediu à jovem para retirar o tampão, aconteceu em janeiro de 2019, durante uma revista a duas raparigas, perto de um casino. O relatório escreve que este incidente "revela falta de clareza" por parte dos agentes, "da ilegalidade desse pedido".

Noutra situação, uma jovem artista foi também obrigada, durante um festival, a despir a roupa interior e a dobrar-se, perante o riso de vários agentes do sexo masculino.

O relatório escreve ainda, que muitos polícias parecem não conhecer suficientemente bem a lei, para saberem o que podem ou não fazer durante uma revista.

Na Austrália, as revista só são autorizadas em "circunstâncias sérias e de urgência" que o justifiquem e é "ilegal" a revista das zonas genitais.

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