800 mil anos depois, cientistas descobrem a cratera do maior meteorito da História - TVI

800 mil anos depois, cientistas descobrem a cratera do maior meteorito da História

  • AMA
  • 10 jan 2020, 12:42

Meteorito atingiu solo terrestre - na zona do Laos - há cerca de 800 mil de anos e os seus detritos espalharam-se pela Ásia, Austrália e Antártida

Há cerca de 800 mil anos, o maior meteorito da História caiu na terra, mas, só agora, foi descoberto o local onde houve o impacto. 

Segundo o estudo publicado no jornal Academia Nacional de Ciências, conhecido como “o meteorito escondido”, o impacto deste meteorito criou uma grande cratera na zona do Laos, na Ásia, que se estendeu até ao mar, chegando ao Sul da Austrália.

Os destroços atingiram as áreas entre a Ásia, Austrália e a Antárctica, cobrindo 10% da superfície terrestre, devido ao seu tamanho e à velocidade com que alcançou o solo.

Mas, apesar de todo este impacto, há séculos que os cientistas tentavam descobrir a exata localização do impacto, mas até agora não tinha sido descoberta nenhuma cratera.  

Em declarações à CNN, o professor e investigador do Observatório Terrestre de Singapura, Kerry Sieh, admite que:  

Existiram muitas, muitas tentativas de localizar os impactos e muitas sugestões, começando pelo norte de Camboja, ao centro de Laos, e até o sul da China, e do leste tailandês até aos offshores do Vietname”, afirmou Sieh.

As primeiras pistas que levam os cientistas a concluir este impacto é a presença das tectites, que os cientistas acreditam que foram formados por um material que terá derretido devido ao impacto da queda do meteorito.

Para o professor, a existência destas pequenas rochas "significa que o impacto do meteorito foi tão grande e tão veloz que foi capaz de derreter as rochas do local que ele atingiu".

Segundo as análises de geoquímicos a cratera expandiu-se por 2,000 quilómetros. No entanto, os especialistas dizem ser necessário um novo estudo e mais pesquisa para conseguir confirmar esta teoria. Até porque é preciso "perfurar centenas de metros para verificar se as rochas debaixo da lava são realmente as que se esperaria num local de impacto".

Mas o nosso estudo é o primeiro a juntar tantas evidências, começando pela natureza química das tectites até às suas características, e das medições de gravidade a medições da era das lavas que poderiam enterrar a cratera.” Conclui Sieh.

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