Pelo menos 19 mortos em ataque russo contra mercado sírio - TVI

Pelo menos 19 mortos em ataque russo contra mercado sírio

  • JFP
  • 22 jul 2019, 10:07
Guerra na Síria

Ataques realizados pela aviação de Moscovo, aliada do Governo do Presidente sírio, Bashar al-Assad, visaram "um mercado de distribuidores de legumes na cidade de Maaret al-Noomane"

Pelo menos 19 pessoas, incluindo 16 civis, morreram hoje em ataques russos contra um mercado na província de Idlib, uma região dominada por 'jihadistas' no noroeste da Síria, anunciou hoje o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).

Os ataques realizados pela aviação de Moscovo, aliada do Governo do Presidente sírio, Bashar al-Assad, visaram "um mercado de distribuidores de legumes na cidade de Maaret al-Noomane", explicou Rami Abdel Rahmane, diretor do OSDH, à agência de notícias France-Presse.

Rami Abdel Rahmane indicou ainda que "19 pessoas foram mortas, incluindo 16 civis e três vítimas que ainda não foram identificadas".

Os ataques também provocaram 45 feridos, segundo o OSDH, que relatou desaparecidos e pessoas ainda presas sob os escombros.

Desde finais de abril, o regime do Presidente sírio, Bashar al-Assad, apoiado pela Rússia (aliado tradicional de Damasco), intensificou os bombardeamentos na província de Idlib e em outras áreas circundantes, ainda controladas por forças insurgentes e ‘jihadistas’.

Os bombardeamentos mataram mais de 650 civis e forçaram a fuga de mais de 330 mil pessoas, segundo os dados mais recentes do OSDH e das Nações Unidas (ONU).

A província de Idlib, que conta com uma população de três milhões de pessoas, é dominada pelo grupo ‘jihadista’ Hayat Tahrir al-Sham (HTS, grupo controlado pelo ex-braço sírio da Al-Qaida).

Esta região foi objeto de um acordo entre a Rússia e a Turquia, com a criação de uma “zona desmilitarizada” que permitiu evitar uma grande ofensiva.

Desencadeado em março de 2011 pela violenta repressão do regime de Bashar al-Assad de manifestações pacíficas, o conflito na Síria ganhou ao longo dos anos uma enorme complexidade, com o envolvimento de países estrangeiros e de grupos ‘jihadistas’, e várias frentes de combate.

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