Rebeldes sírios ameaçam “anular” acordo de cessar-fogo - TVI

Rebeldes sírios ameaçam “anular” acordo de cessar-fogo

Síria

Fações garantem que vão cumprir a ameaça "se as violações do governo continuarem"

Grupos rebeldes sírios ameaçaram este sábado declarar “nulo” o acordo de cessar-fogo, que entrou em vigor na quinta-feira à noite, se as forças governamentais e aliados continuarem a violá-lo.

A Rússia e a Turquia chegaram a um acordo para um cessar-fogo na Síria na quinta-feira à meia-noite, mas nas primeiras horas da manhã de sexta-feira começaram a chegar relatos de bombardeamentos.

"Violações contínuas pelo regime, bombardeamentos e tentativas de atacar áreas sob controlo das fações revolucionárias tornará o acordo nulo e sem efeito ", indica uma declaração assinada por grupos rebeldes, divulgada pela agência Reuters.

O Conselho de Segurança das Nações Unidas deverá votar este sábado uma resolução da Rússia, que apoia o acordo de cessar-fogo na Síria, e um roteiro de paz que prevê um Governo de transição. O texto proposto por Moscovo apela ao acesso "rápido, seguro e livre" da ajuda humanitária a todo o território sírio.

O projeto de resolução foi elaborado antes das futuras negociações previstas para o final de janeiro no Cazaquistão.

O acordo refere o restabelecimento dos contactos para conseguir uma solução política que ponha fim à guerra civil na Síria. Por outro lado, manifesta esperança que a reunião no final de janeiro entre o Governo e a oposição da Síria na capital do Cazaquistão, Astana, seja "uma parte importante do processo político" liderado pelos sírios e "facilitado pelas Nações Unidas".

A Rússia e a Turquia apoiam fações diferentes no conflito sírio. Moscovo, juntamente com o Irão, fornece apoio militar crucial a Assad, enquanto a Turquia tem servido há muito tempo como base para os rebeldes.

Os EUA ficaram de fora devido à deterioração das relações entre Moscovo e o governo de Barack Obama após o fracasso nas negociações para pôr fim aos combates em Alepo, segunda maior cidade da Síria e até há pouco tempo controlada por rebeldes, e noutros lugares do país.

As divisões no Conselho de Segurança da ONU entre a Rússia e as potências ocidentais que têm poder de veto - Grã-Bretanha, França e EUA, que apoiam a oposição moderada e exigem que Assad renuncie - bloquearam ações para pôr fim à guerra civil, que dura há seis anos.

 

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