Uma centena de crianças presas em edifício sob ataque em Alepo - TVI

Uma centena de crianças presas em edifício sob ataque em Alepo

  • EC
  • 13 dez 2016, 13:01

A UNICEF pede a evacuação imediata da zona controlada pelos rebeldes, para que os civis sejam poupados aos combates. 82 pessoas executadas pelo exército sírio

Várias crianças não acompanhadas, possivelmente mais de uma centena, estão presas num edifício na zona este de Alepo que está a ser fortemente atacado, indicou o diretor regional do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), Geert Cappelaere, que cita um médico no local.

De acordo com um alerta de um médico na cidade, muitas crianças, possivelmente mais de 100, não acompanhadas ou separadas das famílias, estão presas num edifício que está a ser fortemente atacado", afirmou, em comunicado, segundo a Reuters.

A UNICEF pede a evacuação imediata da zona controlada pelos rebeldes, para que os civis sejam poupados aos combates.

Está na hora do mundo se unir pelas crianças de Alepo e terminar com o pesadelo em que vivem", acrescentou.

Os combates pelo controlo da zona este da cidade história de Alepo intensificaram-se nas últimas semanas e as forças governamentais já conseguiram recuperar a maioria do território ocupado há anos pelos rebeldes.

Segundo o Alto Comissariado da ONU para os direitos humanos, com o avanço do exército do governo, apoiado pela aviação russa, estão a surgir relatos de execuções sumárias a civis, incluindo mulheres e crianças, casa a casa, nas zonas até aqui controladas pelos rebeldes.

A ONU afirma que 82 pessoas terão morrido desta forma, entre as quais 11 mulheres e 13 crianças.

Ao todo, temos os nomes de 82 pessoas mortas desta maneira. Aparentemente, incluindo, 11 mulheres e 13 crianças", afirmou Rupert Colville, porta-voz do Alto Comissariado. 

Em comunicado, o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, disse estar alarmado com esta situação e o conselheiro humanitário da ONU para a Síria, Jan Egeland, responsabilizou Damasco e Moscovo por estas atrocidades.

Por sua vez, o governo sírio mostra outra realidade na televisão pública ao divulgar festejos de civis libertados do leste de Alepo.

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