Haiti: governo fala em 100 mil mortos - TVI

Haiti: governo fala em 100 mil mortos

Tragédia no Haiti

Até ao momento já foram sepultados 70 mil cadáveres, mas vítimas mortais podem ser 200 mil. Já foi decretado o estado de emergência

Relacionados
Artigo actualizado às 13h30

O ministro do Interior do Haiti, Antoine Bien-Aimé, afirmou no domingo que o sismo registado no país na passada terça-feira causou a morte a 100 mil pessoas, mas outras fontes dizem que o balanço é ainda superior, escreve a Lusa.

Ken Keen, o general norte-americano que comanda as tropas dos EUA no terreno, considera «razoável» presumir que «200 mil pessoas tenham morrido», escreve a «BBC».

Este responsável considera estar perante um desastre de «proporções épicas», mas ainda é «muito cedo para saber» o custo total de vidas. «A comunidade internacional está considerando esses números (entre 150 mil e 200 mil mortos) e eu acho que isso é um ponto de partida», concluiu.

Um total de 70 mil mortos foram sepultados até ao momento no Haiti, enquanto o Governo decretou o estado de emergência até ao fim do mês.

Haiti: cenário «apocalíptico» no epicentro

O número das vítimas que foram sepultadas em valas comuns foi avançado pelo secretário de Estado da Alfabetização do Haiti, Carol Joseph, noticiou a rádio Metrópole, uma das mais ouvidas no país.

«Não estais sós»

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse também este domingo, durante a sua visita ao Haiti, que os haitianos não estão sozinhos no drama que vivem e prometeu acelerar o ritmo das operações de salvamento e fornecimento de ajuda para as vítimas do sismo.

«Estou aqui para vos dizer que estou convosco. Não estais sós», disse Ban Ki-moon numa conferência de imprensa, depois de ter sobrevoado a região da capital haitiana transformada em ruínas.

Senegal oferece terras a haitianos atingidos pelo sismo

Ban referiu também que o sismo no Haiti «é a mais grave crise humanitária das últimas décadas».

«Deram a vida no cumprimento no dever»

O ministro chinês da Segurança Pública, Meng Jianzhu, preside ao comité encarregue de organizar os funerais dos oito agentes da polícia chinesa mortos no sismo que abalou o Haiti e cujos corpos são esperados, esta segunda-feira, em Pequim.

Pilhagens e execuções (vídeo)

«Eles deram a vida no cumprimento no dever», proclamou um jornal oficial sobre os oito agentes, entre os quais uma mulher, cujos corpos foram encontrados entre os escombros do quartel das Nações Unidas em Port-au-Prince, capital do Haiti.

O governo chinês descreveu-os como «um exemplo para todos os departamentos de segurança» e «extraordinários representantes dos dois milhões de agentes da polícia chinesa».
Continue a ler esta notícia

Relacionados