Japão: cinco mil mortos confirmados

O sismo e tsunami que atingiram o nordeste do Japão a 11 de Março provocaram 5.178 mortos e 8.606 desaparecidos, segundo um novo balanço oficial provisório estabelecido pela polícia nacional, esta quinta-feira, escreva a Lusa.

O número de feridos fixou-se nos 2.285, segundo o mesmo balanço. Mais de 88.000 casas e edifícios ficaram completa ou parcialmente destruídos.

O presidente norte-americano Barack Obama propôs ao primeiro-ministro japonês, Naoto Kan, enviar mais peritos nucleares para o arquipélago com o objectivo de ajudar as autoridades japonesas a resolver a crise na central de Fukushima, revelou Tóquio.

«O presidente Obama informou o primeiro-ministro Kan de que os Estados Unidos estão prontos para fornecer mais apoio, enviando mais peritos nucleares e participando nos esforços de reconstrução a médio e longo prazo», afirmou o porta-voz do governo japonês, Yukio Edano, em conferência de imprensa. Vários peritos norte-americanos estão já no Japão desde o início da semana.

Ao mesmo tempo, o departamento de Estado norte-americano autorizou quarta-feira à noite as famílias dos seus funcionários da embaixada nas regiões mais afectadas pelo sismo e tsunami no Japão a abandonar essas regiões se assim o desejarem.

«O Departamento de Estado autorizou a partida voluntária e também a reinstalação em zonas seguras do Japão, das famílias dos funcionários do governo norte-americano», indicou o porta-voz do ministério norte-americano dos Negócios Estrangeiros, Patrick Kennedy.

«Não os ordenámos a partir. Demos-lhes a oportunidade de escolher», acrescentou a mesma fonte, numa teleconferência com a imprensa.

A verdade é que a capital japonesa tem cada vez menos gente nas ruas e aqueles que ainda circulam em Tóquio fazem-no agora com máscaras de protecção respiratória, um sinal dos receios da radioactividade.

A rede de transportes de Tóquio começa a regressar à normalidade depois de ter parado após o sismo de sexta-feira no nordeste do país, mas quem pretender realizar o percurso entre o centro e o aeroporto de Narita tem de planear muito bem como concretizar a viagem, como constatou a agência Lusa na capital nipónica.

O comboio expresso entre o centro e o aeroporto está ainda suspenso e quem escolher o transporte ferroviário terá de apanhar um táxi para uma estação a cerca de 40 minutos do centro e seguir então para o aeroporto.