O Japão levantou o nível de alerta nuclear de 4 para 5 esta sexta-feira, revela a Agência Internacional de Energia Atómica, escreve a Reuters.
O último balanço do sismo e tsunami que atingiram o nordeste do Japão a 11 de Março fixou-se esta sexta-feira, uma semana depois, em mais de 16.600 mortos e desaparecidos, anunciou a polícia.
De acordo com a polícia nacional, 6.405 mortos foram confirmados enquanto o número de desaparecidos se situa actualmente em 10.259. Segundo a mesma fonte, 2.409 pessoas ficaram feridas, escreve a Lusa.
Este sismo já provocou mais vítimas mortais do que o de Kobe em 1995, que fez 6.434 mortos, diz a polícia japonesa.
O sismo de magnitude 9, o mais forte registado no país, seguido por um tsunami com vagas de 10 metros de altura, foi o mais mortífero alguma vez ocorrido depois do de Kanto, em 1923, com uma magnitude de 7,9, que fez 142.807 mortos e desaparecidos em Tóquio e arredores.
Faz esta sexta-feira uma semana que o Japão foi abalado pelo pior sismo da sua história e um minuto de silêncio foi observado no nordeste por sobreviventes noticiou a televisão pública japonesa NHK.
À hora exacta da catástrofe, centenas de desalojados, na sua maioria idosos, presentes num centro de acolhimento da cidade de Yamada (prefeitura de Iwate), prestaram homenagem às vítimas mortais do sismo e do tsunami que se lhe seguiu.
Após um minuto de silêncio, os sobreviventes, embrulhados em cobertores devido ao frio, deram as mãos e fizeram uma vénia, mostrou a NHK, segundo a AFP.
Entretanto, as autoridades japonesas recomeçaram as operações destinadas a arrefecer o combustível do reactor 3 da central de Fukushima, com a ajuda de camiões cisterna equipados com canhões de água.
Pelo menos sete veículos das Forças de Autodefesa, nome oficial do exército nipónico, vão revezar-se para despejar dezenas de toneladas de água com o objectivo de impedir as barras de combustível de entrar em fusão e evitar assim um acidente nuclear sem precedentes.
«Os camiões das Forças de Autodefesa começaram a arrefecer o reactor 3», confirmou um responsável do ministério da Defesa.
Também esta sexta-feira, o comando militar norte-americano no Pacífico revelou ter uma equipa de 450 militares norte-americanos especialistas nucleares pronta a viajar para o Japão.
Declarando-se «cautelosamente optimista», o almirante Robert Willard recordou que nove especialistas nucleares já estão desde quinta-feira no terreno.
Japão: mais de 16 mil mortos e desaparecidos
- Redação
- PP
- 18 mar 2011, 08:56
Número de mortos está nos 6.405 e de feridos nos 2.409. Nível de alerta nuclear aumentou
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