O ex-chefe militar dos croatas da Bósnia, Slobodan Praljak, que segundo o seu advogado tomou veneno durante a audiência do seu julgamento no Tribunal penal internacional para a ex-Jugoslávia (TPIJ) em Haia, acabou mesmo por morrer passado pouco tempo, segundo a Press Association, que cita a televisão estatal da Croácia.
Pouco depois das 13:00, a informação era de que estava “vivo" e a receber "cuidados médicos”, como referiu aos jornalistas um dos guardas responsáveis pela segurança no decurso da audiência, que foi suspensa até ser enviada uma equipa médica de emergência para o edifício do tribunal. Cerca de uma hora depois chegou a notícia da morte.
O ex-chefe militar croata terá presumivelmente tomado veneno após a confirmação da sua condenação a 20 anos de prisão.
Segundos depois de os juízes confirmarem a pena, por envolvimento numa campanha contra os muçulmanos durante a guerra da Bósnia, Slobodan Praljak, 72 anos, gritou “não sou um criminoso de guerra”, antes de tirar uma pequena garrafa do bolso e beber o seu conteúdo.
A audiência foi suspensa e o seu advogado afirmou que o seu “cliente tomou veneno”.
O tribunal apresentava hoje o resultado do recurso apresentado por Slobodan Praljak e outros cinco ex-dirigentes e chefes militares dos croatas da Bósnia, condenados em 2013 por perseguirem, expulsarem e assassinarem muçulmanos, entre 1992 e 1994.
Dois outros condenados também viram as suas sentenças confirmadas antes de a audiência ter sido interrompida.