Violet Jessop nasceu na Argentina e cedo criou uma relação com a navegação. Sobreviveu a três desastres náuticos, nas primeiras décadas de 1900 - o Titanic, o Britannic e o Olympic, onde na altura dos incidentes trabalhava como camareira e enfermeira.
Em setembro de 1911, sofreu o primeiro incidente, quando o navio Olympic, meses depois da sua inauguração, embateu contra o navio de guerra HMS Hawke, na costa inglesa. A embarcação danificou a hélice, mas não houve feridos a registar.
Com apenas 24 anos, voltou a ver-se envolvida num dos naufrágios mais relembrados da história, quando em 1912 o Titanic se afundou no Atlântico, vitimando cerca de 1.500 pessoas.
Já em 1916, em plena Primeira Guerra Mundial, Jossep alistou-se como enfermeira e ia a bordo do HMHS Britannic quando este naufragou em pleno Mar Egeu, aquando dos ataques alemães. E mais uma vez sobreviveu para contar a história.
Os navios em que Violet Jossep acabou por sofrer os incidentes tinham uma ligação peculiar: pertenciam à mesma frota de navegação, a White Star Line, onde esta começou a trabalhar em 1908, e foram criados quase da mesma forma. O destino viria a ser o mesmo: o naufrágio.
Mesmo depois das ocorrências, Jossep não deixou de viajar e voltou mais uma vez a embarcar no navio Olympic. Em 1950, aos 61 anos, abandonou a navegação e mudou-se para Sullfock, no leste da Inglaterra. Todas as suas memórias ficaram gravadas num caderno onde relatou as suas experiências, que depois da sua morte viriam a ser publicadas com o título “Titanic Survivor” (Sobrevivente do Titanic).