Militar adota cão com quem serviu na guerra - TVI

Militar adota cão com quem serviu na guerra

Jeffrey DeYoung e Cena (American Humane Association)

«Marine» dos EUA que esteve em missão no Afeganistão e Cena, o labrador de que foi parceiro, têm reencontro emocionante

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Um veterano de guerra de quatro patas e o ex-parceiro, um fuzileiro dos EUA, tiveram um reencontro emocionante na quinta-feira, com muitos abraços e lambidelas de cachorro à mistura. Jeffrey DeYoung é um veterano dos «marine», que serviu entre 2009-2013 e esteve em missão no Afeganistão. Cena é um cão militar preto, de raça labrador, que foi treinado para farejar bombas artesanais. DeYoung foi parceiro do cão em 2009 e 2010, mas os dois não se viam desde essa altura, refere a WXYZ-TV.

Em entrevista, o veterano contou de que forma ajudou Cena e de que maneira Cena o ajudou a ele em tempo de guerra. DeYoung diz que levou o cão ao colo quando foi preciso atravessar rios e Cena manteve-o quente nas noites frias do deserto. DeYoung cobriu Cena com o próprio corpo quando estavam sob fogo cerrado dos talibãs. E quando DeYoung perdeu sete amigos no espaço de três semanas, Cena estava lá para o confortar.

Cena teve de se aposentar por causa de uma lesão no quadril, mas isso deu a DeYoung, de 23 anos, a oportunidade de o adotar. Os dois reencontraram-se, na quinta-feira, no aeroporto Metro Detroit em Romulus, no Michigan. O reencontro foi organizado pela American Humane Association e pela Mission K9 Rescue, que desenvolvem esforços para reunirem cães militares com os soldados de quem foram parceiros.

Embora não se vissem há quatro anos, DeYoung e o velho amigo convivem como se nunca se tivessem separado.

De acordo com o «Detroit Free Press», Jeffrey DeYoung luta contra um transtorno de stresse pós-traumático, e preocupou-se muita vezes com Cena, que recebeu a alcunha de «Chicken» («Medroso») porque corria sempre na direção oposta de um explosivo depois de o ter detetado.

De acordo com a American Humane Association, cada cão militar pode salvar a vida de cerca de 150 a 200 membros do exército.

«Eu não posso falar em nome de Cena, mas, no que me diz respeito, este reencontro vai fechar uma experiência muito tensa e traumática na minha vida», disse DeYoung.
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