Irão lança app para procurar "casamento duradouro" - TVI

Irão lança app para procurar "casamento duradouro"

  • IC
  • 13 jul 2021, 14:51
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Os utilizadores têm que comprovar a sua identidade e passar um "teste psicológico" antes de poderem começar a procurar a sua cara-metade

O Irão divulgou, na segunda-feira, uma aplicação de namoro islâmica com o objetivo de facilitar o "casamento duradouro e informado", principalmente para os jovens, informou a televisão estatal.

A aplicação Hamdam, que em farsi significa "companheiro", permite aos utilizadores "procurar e escolher o seu cônjuge".

Segundo chefe da polícia de cibersegurança do Irão, o coronel Ali Mohammad Rajabi, citado pelo The Guardian, esta é a única plataforma do género na república islâmica que é aprovada pelo governo. Embora as aplicações de encontros sejam populares no Irão, o coronel afirmou que todas as outras plataformas, à exceção do Hamdam, são ilegais.

A aplicação alega utilizar "inteligência artificial" para encontrar correspondências apenas "para os solteiros à procura de um casamento permanente e um único cônjuge", lê-se no site da aplicação.

O dirigente do Instituto Cultural Tebyan, Komeil Khojasteh, responsável pela app, disse, na inauguração da aplicação, que os valores familiares estão ameaçados e que esta aplicação vai ajudar a criar famílias "saudáveis".

A família é o alvo do diabo, e [os inimigos do Irão] procuram impor as suas próprias ideias".

Segundo o site da aplicação, os utilizadores têm que comprovar a sua identidade e passar um "teste psicológico" antes de poderem começar à procura da sua cara-metade. O registo é grátis.

Quando existe compatibilidade entre duas pessoas, a aplicação "apresenta as famílias na presença de consultores de serviço", que acompanharão o casal durante quatro anos após o casamento.

As autoridades iranianas, incluindo o líder supremo Ali Khamenei, têm alertado para o facto de os jovens casarem cada vez mais tarde e de haver menos nascimentos.

Em março, o parlamento do Irão, dominado pelos conservadores, aprovou um projeto de lei intitulado "crescimento populacional e apoio às famílias". O diploma, que ainda não está em vigor, restringe o acesso ao aborto e prevê a criação de incentivos que aumentem o interesse pelo casamento e que motivem as famílias a ter mais de dois filhos.

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