Uma das maiores tartarugas que viveram na Terra tinha carapaça com "chifres" - TVI

Uma das maiores tartarugas que viveram na Terra tinha carapaça com "chifres"

  • CE
  • 12 fev 2020, 21:05
Tartaruga Diego

Espécie Stupendemys geographicus, que viveu na Terra há cinco a dez milhões de anos, tinha uma carapaça com "chifres" no caso dos machos, que podia atingir quase três metros de comprimento

Uma das maiores tartarugas que viveram na Terra, há cinco a dez milhões de anos, tinha uma carapaça com "chifres" no caso dos machos, que podia atingir quase três metros de comprimento, foi esta quarta-feira divulgado.

A espécie 'Stupendemys geographicus', que habitou uma região húmida e pantanosa, foi descrita pela primeira vez em meados da década de 1970 como sendo nativa de uma área que atualmente é desértica, na Venezuela.

Agora, paleontobiólogos revelaram novos detalhes da extinta tartaruga, além das conhecidas dimensões da carapaça, com base em fósseis descobertos recentemente não só na Venezuela, mas também na Colômbia.

Segundo os especialistas, a tartaruga 'Stupendemys geographicus' pesaria 1,1 toneladas, quase 100 vezes mais do que a tartaruga-de-cabeça-grande-do-Amazonas, a espécie mais próxima que pode ser encontrada no Equador, na Colômbia, no Brasil e na Venezuela.

Ao contrário da carapaça das fêmeas, a dos machos ostentava junto à cabeça duas saliências que se assemelham a chifres, um dimorfismo sexual descrito pela primeira vez para um dos maiores grupos de tartarugas.

A carapaça de alguns dos espécimes chegava quase aos três metros, tornando a 'Stupendemys' numa das maiores tartarugas, senão a maior, que alguma vez existiram", afirmou, citado em comunicado pela universidade suíça de Zurique, o coordenador da investigação, Marcelo Sánchez, que dirige o Instituto Paleontológico e Museu da instituição.

Apesar do seu tamanho, esta tartaruga terá tido como predador o 'Purussauro', uma espécie de réptil que viveu no mesmo período e que era semelhante ao jacaré e ao caimão, deduziram os peritos, com base nas marcas de mordidelas encontradas nas carapaças fossilizadas.

A análise dos fósseis descobertos na Venezuela e na Colômbia, e também no Brasil, levou os autores do estudo hoje divulgado a concluírem que a tartaruga terá habitado uma área geográfica mais extensa do que se pensava anteriormente, equivalente a toda a atual região nordeste da América do Sul.

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