Kim Wall: a morte da jornalista sueca é cada vez mais macabra - TVI

Kim Wall: a morte da jornalista sueca é cada vez mais macabra

Kim Wall

Foram encontrados vídeos de mulheres a serem torturadas e decapitadas no computador do principal suspeito, um inventor dinamarquês

A morte da jornalista sueca Kim Wall é cada vez mais macabra. As autoridades encontraram no computador do principal suspeito, um conhecido inventor dinamarquês, vídeos de mulheres a serem torturadas e decapitadas, foi revelado em tribunal, na terça-feira, segundo a agência Reuters.

A descoberta agrava as suspeitas que recaem sobre Peter Madsen, uma vez que Kim Wall foi encontrada decapitada e desmembrada numa praia da Dinamarca, no passado dia 23 de agosto.

Mas há mais detalhes sórdidos revelados pela investigação. Segundo novos dados da autópsia, a repórter foi esfaqueada por diversas vezes na zona das costelas e dos genitais, o que terá acontecido “cerca ou pouco depois da sua morte”, detalhou o procurador dinamarquês Jakob Buch-Jepsen na audiência.

A causa de morte continua, no entanto, por precisar, mas a acusação não tem dúvidas sobre a culpa do inventor.

As nossas suspeitas não mudaram, aliás, até ganharam força desde a última audiência, a 5 de setembro”, indicou o procurador, que referiu ainda que o ADN encontrado nas unhas, cara e pescoço de Peter Madsen é de Kim Wall.

O inventor, que foi detido e acusado pelo homicídio da jornalista, continua a reclamar inocência.

Peter Madsen, que foi ouvido em tribunal através de videoconferência,  disse que o computador onde foram encontrados os vídeos não lhe pertence. “É uma ferramenta do laboratório, utilizada por todos”, alegou.

Palavras que não convenceram o tribunal, que ordenou a sua prisão preventiva por mais quatro meses enquanto decorre a investigação.

Kim Wall, 30 anos, desapareceu misteriosamente a 10 de agosto, depois de visitar o submarino construído por Peter Madsen para uma reportagem.

No dia 23 do mesmo mês, o seu corpo foi encontrado decapitado e desmembrado junto à costa.

O inventor dinamarquês foi detido após várias inconsistências no seu testemunho sobre o que aconteceu, já que primeiro contou às autoridades que a jornalista sueca estava viva quando a deixou numa ilha e mais tarde admitiu que Kim Wall morreu depois de ser atingida por uma escotilha de 70 quilos.

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