Guiné-Bissau: eleições para quando? - TVI

Guiné-Bissau: eleições para quando?

Eleições na Guiné-Bissau

Sucessor de «Nino» Vieira apela a «consenso» e diz que as condições ainda não estão reunidas

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O novo presidente da Comissão Nacional de Eleições da Guiné-Bissau, Desejado Lima da Costa, disse, esta quarta-feira, que ainda não estão reunidas as condições técnicas e financeiras exigidas para as presidenciais antecipadas, na sequência do assassínio de «Nino» Vieira, segundo informações da Lusa.

«Encontramo-nos já e apenas a 37 dias dos 60 previstos constitucionalmente para a realização do acto eleitoral (...) sem que estejam reunidas as condições técnicas e financeiras», afirmou Desejado Lima da Costa, no seu discurso de tomada de posse.

Desejado Lima da Costa foi eleito, no início da semana, presidente da Comissão Nacional de Eleições com os votos a favor de 79 deputados, que votaram numa lista única que integra elementos do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) e Partido da Renovação Social (PRS).

No discurso de tomada de posse, o presidente da CNE alertou também as autoridades políticas e a sociedade civil para a «necessidade de busca de consensos, que permitam, em nome dos superiores interesses da Nação, ultrapassar sem sobressaltos as dificuldades resultantes da não realização das eleições no prazo imposto pela Constituição da República».

Questionado pela Agência Lusa sobre se já tem encontro marcado com o presidente da República interino, Raimundo Pereira, para discutir as próximas presidenciais, Desejado Lima da Costa afirmou que ainda não.

Raimundo Pereira recebe, esta quarta-feira, os partidos políticos com assento e sem assento parlamentar para voltar a discutir as eleições presidenciais.

As eleições presidenciais antecipadas realizam-se depois do assassínio do Presidente «Nino» Vieira, a 2 de Março, horas depois de um atentado à bomba que matou o Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, general Tagmé Na Waié.

Continuar reformas do antecessor

Desejado Lima da Costa disse também que vai continuar as reformas introduzidas pelo seu antecessor, que passam pela agenda das eleições autárquicas, ainda nunca realizadas no país, introduzir cartões de eleitores digitalizados e envolver a sociedade civil nos actos de recenseamento eleitoral e observação dos escrutínios.

Para assumir funções de presidente da CNE, Desejado Lima da Costa cessou funções como secretário-geral da União Nacional de Trabalhadores da Guiné-Bissau, maior central sindical do país.
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