Julian Assange, fundador da Wikileaks, disse, esta sexta-feira, que não vai perdoar nem e esquecer as tentativas para o prender, por causa de acusações de assédio sexual, levando-o a procurar asilo na embaixada equatoriana em Londres.
É a reação de Assange ao anúncio da Suécia, também esta sexta-feira, de que iria abandonar a investigação de que estava a ser alvo, num processo de abusos sexuais.
O fundador da Wikileaks fala em "vitória importante", mas diz que nada apaga os últimos sete anos que viveu:
Hoje é uma vitória importante, para mim e para o sistema de direitos humanos da ONU, mas de forma alguma apaga sete anos de detenção sem acusação... enquanto meus filhos cresceram. Isso não é algo que eu possa perdoar ou esquecer.”
Assange falou aos jornalistas a partir de uma varanda da embaixada equatoriana em Londres. Apesar de a Suécia ter desistido da queixa, a polícia britânica já fez saber que seria obrigada a prendê-lo, caso ele deixasse a embaixada equatoriana.
Nesta declaração aos jornalistas, Assange disse também que estava preparado para o diálogo com as autoridades dos Estados Unidos e do Reino Unido. Julian Assange, de 45 anos, é procurado nos Estados Unidos pela divulgação de documentos militares e diplomáticos classificados.
O Equador já pediu ao Reino Unido que lhe permita a saída segura do país. Enquanto isso não se decide, o fundador da Wikileaks optou por permanecer na embaixada.
Os meus advogados entraram em contato com as autoridades britânicas e esperamos iniciar um diálogo sobre qual será o melhor caminho a seguir.”