Médicos alertam: "viagra herbal" não é viagra - TVI

Médicos alertam: "viagra herbal" não é viagra

Viagra

Caso de Lamar Odom faz especialistas relembrarem o perigo da toma de suplementos de aumento do rendimento sexual que, na maior parte das vezes, não são avaliados pelas autoridades competentes

O incidente do ex-jogador da NBA, Lamar Odom, veio recordar os perigos que envolvem a toma de suplementos semelhantes ao viagra, mais conhecidos como "viagra herbal".

Lamar Odom, de 39 anos, foi encontrado inconsciente num bordel, em Los Angeles, no passado sábado e as autoridades suspeitam que o ex-jogador terá usado cocaína e usado “10 suplementos de aumento do rendimento sexual” ao longo de três dias, entre os quais “ Reload”, suplemento que, em 2013, a Administração de Comidas e Droga (FDA) alertou os consumidores para não usarem. Em coma, o  ex-jogador luta agora pela vida.

Segundo a FDA, o produto contem sildenafil, um ingrediente ativo que foi aprovado para o viagra, mas que não está listado como ingrediente na bula e pode interagir com outras drogas.

Enquanto no caso de Lamar, segundo a CNN, pode ter sido a fazer com que Odom ficasse inanimado, os especialistas dizem que os suplementos também podem ser a causa e que devem ser evitados a todo o custo.

“Se alguém me perguntar sobre isso, eu advirto as pessoas para não tomarem nada desse tipo. São ineficazes e os homens podem correr perigo”, afirmou o médico K. Drogo Montage, da Clínica de Urologia de Cleveland.

Segundo o especialista, os homens sentem-se tentados a comprar estes produtos por não precisarem de receita médica e serem mais baratos e fáceis de obter. O chamado “viagra herbal” pode ser comprado em vários locais, como por telefone, sex shops, lojas de medicina chinesa ou até em postos de gasolina.

“São atrativos para os homens porque dizem ser “natural”, apesar de não ser o caso”.


“Herbal não torna o suplemento seguro”


A FDA emitiu o alerta para estes produtos, mas estes continuam disponíveis no mercado de fácil acesso, uma vez que não são regulamentados da mesma forma que os medicamentos nos EUA. 

Ao não terem de cumprir as normas especificas e restritas que os medicamentos têm de cumprir antes de serem colocadas à venda. Apesar de deverem informar a FDA sobre o que os produtos contêm, os especialistas dizem que isso muitas vezes não acontece.

“Como não são aprovados, como os medicamentos, não sabemos o que existe neles. E lembrem-se, o facto de dizer ‘herbal’ não torna o suplemento seguro”, afirmou Alexander Garrard, diretor do Centro de Venenos de Washingto.

Por ano, cerca de 23 mil pessoas acabam nas urgências devido a complicações por toma de suplementos dietéticos. De acordo com o New England Journal of Medicine, dessas 23 mil pessoas, 3,4% tomou suplementos de aumento de rendimento sexual
Continue a ler esta notícia

EM DESTAQUE