Catalunha: líder republicana escolhe exílio sem escapar a acusação de rebelião - TVI

Catalunha: líder republicana escolhe exílio sem escapar a acusação de rebelião

  • 23 mar 2018, 10:40
Marta Rovira (ERC) - Catalunha

Marta Rovira faltou à audiência do Supremo Tribunal espanhol em Madrid, que acusou 13 líderes independetistas catalães de rebelião. Terceiro candidato a presidente catalão, Jordi Turull, está metido no rol

Marta Rovira, secretária-geral da Esquerda Republicana da Catalunha (ERC), anunciou esta sexta-feira que abandona o território espanhol, através de uma carta que escreveu aos militantes do seu partido. Faltou, por isso, à  audiência desta manhã no Supremo Tribunal em Madrid, onde 13 independentistas foram acusados de rebelião.

O exílio será um caminho duro, mas é a única forma que tenho para recuperar a minha voz política”, afirma na missiva a secretária-geral da Esquerda Revolucionária da Catalunha.

Rovira era uma dos seis independentistas convocados para se apresentarem de manhã perante o juiz que está a instruir o processo judicial sobre o seu envolvimento na tentativa frustrada de criação de uma república independente na Catalunha.

Processados por rebelião

Em Madrid, pela manhã desta sexta-feira, o juiz do Supremo Tribunal, Pablo Llarena, acusou de rebelião 13 líderes independentistas catalães pela sua atuação no referendo realizado no dia 1 de outubro, considerado ilegal pela justiça espanhola.

Entre os acusados, por rebelião e desfalque de fundos públicos, estão o antigo presidente Carles Puigdemont, exilado na Bélgica, o ex-vice Oriol Junqueras, e Jordi Turull, que, na quinta-feira, falhou a eleição como niovo presidente da Catalunha, devido à inesperada abstenção dos quatro deputados da CUP, independentistas de extrema-esquerda.

Sábado, o parlamento catalão deverá reunir-se em Barcelona numa nova tentativa de eleger um presidente para a região autónoma.

O juiz acusou ainda quatro outros dirigentes apenas pelo crime de rebelião, nos quais se inclui Marta Rovira, que anunciou ir deixar Espanha e a Catalunha.

De acordo com o jornal La Vanguardia, o juiz do Supremo estabeleceu uma fiança de 2,1 milhões de euros que deve ser paga de forma conjunta por todos os acusados, considerando que a realização do referendo declarado ilegal terá custado 1,6 milhões de euros, quantia à qual, segundo a lei, se deve juntar mais um terço do valor.

Continue a ler esta notícia