Demolição facilitou trabalhos em Miami. Já foram recuperados 86 corpos - TVI

Demolição facilitou trabalhos em Miami. Já foram recuperados 86 corpos

Há ainda dezenas de desaparecidos

Os trabalhos dos últimos dias no edifício que colapsou em Surfside, Miami, nos Estados Unidos, permitiram recuperar um total, até agora, de 86 corpos, refere a CNN.

“É um número surpreendente e comovente que nos afeta muito profundamente. A magnitude desta tragédia vai crescendo dia após dia”, lamentou a presidente da Câmara de Miami-Dade, Daniella Levine Cava, em conferência de imprensa no sul da Florida.

Há ainda 43 desaparecidos, mas as autoridades admitem que a demolição do edifício, no passado fim de semana, ajudou muito estes trabalhos, uma vez que agora a estrutura já não é uma ameaça e que a maquinaria pesada pode entrar em ação.

Na segunda-feira, um dia após a demolição do prédio de 11 andares, o Champlain Towers South, apenas tinham sido recuperados 28 corpos. Em cinco dias, esse número disparou para os 86.

62 das vítimas mortais já foram identificadas.

Ao fim do 16.º dia de trabalhos nos escombros, cerca de seis milhões de quilos de concreto e entulho já foram removidos do local onde o condomínio estava construído desde 1981, com a ajuda de quase 60 camiões, segundo relatos das autoridades.

Pelo menos dois membros das equipas de busca tiveram de ser hospitalizados, um por acidente cardíaco e outro por laceração, ao passo que um polícia de Miami-Dade foi submetido a uma cirurgia, após ter visto um dos seus pés atropelado por um camião.

Entretanto, as autoridades focam-se mais agora na investigação do que aconteceu e em assegurar que as estruturas à volta deste edifício estão seguras.

Uma vez que há um edifício igual ao lado, o Champlain Towers North, que foi evacuado, os especialistas estão no terreno a analisá-lo, para tentar perceber o que falhou.

As causas do colapso estão a ser investigadas e uma batalha legal para alcançar indemnizações por danos já está a ser movida por alguns residentes em Champlain Towers South, cuja comunidade demorou a suportar os dispendiosos reparos recomendados pela autarquia face aos problemas estruturais detetados em 2018.

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