No acórdão proferido esta sexta-feira, o juiz lembrou que a única prova contra Susan foi o testemunho de «um mentiroso habitual», que garantiu em tribunal que a mulher lhe tinha confessado o envolvimento no homicídio.
«Não só acredito que a senhora não é culpada, como acredito, baseado naquilo que li, que é inocente. Por essa razão, acredito que o Sistema judicial falhou», disse o magistrado.
O juiz considerou ainda que Susan recebeu uma «defesa deficitária» por parte do advogado que a representou em 1998. O magistrado considerou que o advogado devia ter investigado melhor a credibilidade da testemunha, acrescentando que, se o tivesse feito, nenhum jurado teria considerado Susan culpada.
Comovida, Susan agradeceu ao juiz, que se despediu dela com um desejo de «boa sorte».
O caso de Susan Mellen foi reaberto no ano passado pela ação de uma advogada que se dedica a um projeto para investigar casos de reclusos que cumprem pena, mas que podem estar inocentes. Foi ela quem constatou que a testemunha principal que levou à condenação de Susan era um mentiroso convicto.