Um tubarão arrancou as mãos de uma turista francesa que nadava nas águas da ilha de Mo’orea, na Polinésia Francesa.
Durante um mergulho de observação de baleias, na segunda-feira, um tubarão oceânico de galha branca atacou a mulher de 35 anos, mordendo-lhe, ainda, o peito e os braços.
A mulher foi transportada por via aérea até ao hospital central de Tahiti, que fica a cerca de 18 quilómetros da ilha de Mo’orea, e não corre risco de vida, segundo o jornal Telegraph.
Um dos bombeiros que socorreu a vítima disse à Agência France-Press que a mulher teve a sorte de “duas enfermeiras estarem no local e poderem prestar primeiros socorros”.
O bombeiro explicou ainda que, quando chegaram ao local do ataque, a mulher estava consciente, mas em estado crítico.
Ela estava a perder muito sangue e as suas duas mãos foram serradas a partir do antebraço”, afirmou Jean-Jacques Riveta, adiantando que parte do peito da vítima tinha sido arrancado.
Segundo a base de dados online Shark Attack Data, este é o 23.º ataque de tubarão nas ilhas da Polinésia.
O tubarão oceânico de galha branca é facilmente reconhecível pelas suas longas barbatanas peitorais de ponta branca e pela barbatana dorsal arredondada.
Solitário e com um movimento lento, prefere as camadas superiores de águas profundas, onde é um caçador oportunista, tendo sido responsável por vários ataques fatais a humanos.
O instituto Smithsonian define esta espécie como a mais agressiva dos tubarões e a principal responsável pela tragédia que se seguiu após o naufrágio do navio USS Indianapolis.
O navio USS Indianapolis teve um papel decisivo durante a Segunda Guerra Mundial: entregou os componentes cruciais da primeira bomba atómica a uma base naval na ilha de Tinian, no Pacífico.
Quando terminou a sua missão foi atingido por dois torpedos de um navio japonês que fizeram um buraco de 15 metros no navio e incendiaram 3.500 barris de combustível, desencadeando uma reação em cadeia de explosões que rasgaram o USS Indianapolis em dois.
Dos 1.196 homens a bordo, apenas 900 conseguiram chegar vivos à água e agarraram-se aos marinheiros mortos para conseguirem manter-se à superfície
No entanto, o som das explosões e o rasto de sangue deixado pelas vítimas atraiu vários tubarões de galha branca que começaram a atacar os marinheiros que estavam mais perto da superfície.
Da tripulação original, restaram apenas 317 homens.
O naufrágio do USS Indianapolis é, até hoje, o pior desastre marítimo da história naval dos Estados Unidos da América.