Guerra  no Afeganistão próxima do fim? - TVI

Guerra no Afeganistão próxima do fim?

Príncipe Harry no Afeganistão (Foto Lusa)

General britânico admite possibilidade de acordo com os talibãs

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O oficial britânico de mais alta patente no Afeganistão advertiu, em entrevista difundida no domingo, que a opinião pública não deve esperar «uma vitória militar decisiva» e preparar-se para um possível acordo com os talibãs.

O general de brigada Mark Carleton-Smith, comandante da 16.ª Brigada de Assalto Aéreo que terminou a sua segunda comissão no Afeganistão, explicou ao semanário Sunday Times que os britânicos devem «moderar as suas expectativas» em relação ao conflito, admitindo tão-somente uma redução da insurreição para «um nível gerível».

«Não vamos ganhar esta guerra», assegurou o general. «Trata-se de reduzir o conflito a um nível gerível de insurreição que não constitua ameaça estratégica e que possa ser controlada pela forças armadas afegãs.»

Carleton-Smith disse que as suas tropas tinham «atenuado a ameaça talibã em 2008», mas precisou que seria «irrealista e provavelmente pouco plausível» pensar que a força multinacional no Afeganistão possa desembaraçar o país de bandos armados.

«Poderíamos muito bem deixar o país e deixá-lo com um nível fraco mas durável de insurreição na zona rural», afirmou.

Sublinhou também que «se os talibãs estiveram prontos a sentar-se a uma mesa e discutir um acordo político, esse será precisamente o género de progresso que põe fim a este tipo de insurreições».

«Isso não deve deixar as pessoas inquietas», tranquilizou.

Cerca de 7.800 soldados britânicos foram mobilizados para o Afeganistão no quadro da Força Internacional de Assistência e de Segurança (ISAF), sob comando da NATO e da coligação liderada pelos Estados Unidos.
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