A vencedora do Nobel da Paz iémenita Tawakkul Karman disse esta sexta-feira que o prémio é uma vitória para os activistas da democracia, que não devem desistir até conseguirem direitos totais para «um Iémen democrático e moderno».
O Prémio Nobel da Paz 2011 foi também atribuído à presidente da Libéria Ellen Johnson Sirleaf e à activista também liberiana Leymah Gbowee.
«Esta é uma vitória da juventude em primeiro lugar. Estamos aqui para ganhar toda a nossa liberdade e dignidade. A revolta da juventude quer os seus direitos por inteiro», disse a galardoada à estação televisiva Al Jazeera.
«Não queremos que a nossa revolução seja deixada incompleta. Queremos um Iémen democrático e moderno. É isso que os jovens e os mártires e os feridos se comprometeram a ganhar. Vamos continuar o nosso movimento pacífico».
Tawakel Karman divide o Nobel da Paz com outras duas liberianas, tem 32 anos e destacou-se na defesa dos direitos humanos e na liderança dos protestos pacíficos contra o regime de Ali Abdullah Saleh.
Membro do principal partido islâmico do Iémen, Al-Islah, e presidente da organização Mulheres Jornalistas Sem Correntes - um grupo que defende a liberdade de expressão -, Tawakel Karman desenvolve o seu ativismo desde 2007 e é a primeira mulher árabe a receber um Nobel da Paz.
Detida várias vezes pelas forças do regime, esta mãe de três filhos encontrou nas revoltas populares do Egito (janeiro) e Tunísia (fevereiro) novas forças para protestar, liderando as manifestações pacíficas semanais na Universidade de Sanaa desde então.
Nobel da Paz do Iémen: «Esta é uma vitória da juventude»
- Redação
- PO
- 7 out 2011, 11:40
Tawakkul Karman tem 32 anos e três filhos. Tem sido uma das activistas pela democracia no Iémen
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