China promete retaliar com a "mesma força" se EUA aplicarem mais taxas - TVI

China promete retaliar com a "mesma força" se EUA aplicarem mais taxas

  • AM
  • 4 abr 2018, 08:03
Dinheiro (Reuters)

No entanto, as autoridades chinesas não explicaram que medidas poderão vir a aplicar

A China prometeu retaliar com a "mesma força" à intenção anunciada pelos Estados Unidos de aumentar as suas taxas alfandegárias sobre produtos chineses, justificada pelo alegado roubo de tecnologia norte-americana pelos chineses.

O Ministério do Comércio chinês acusou Washington de violação das regras do comércio global e anunciou que ia apresentar, de imediato, uma queixa junto da Organização Mundial do Comércio.

Pequim publicou, esta quarta-feira, uma lista de produtos norte-americanos, que em 2017 valeram 50.000 milhões de dólares nas importações chinesas, e que poderão sofrer um aumento das taxas alfandegárias, parte de uma disputa comercial com Washington.

A data para aumentar 25% nos impostos sobre as importações de soja ou aviões norte-americanos será anunciada mais tarde, dependendo se Washington avança com taxas alfandegárias que penalizarão as exportações chinesas no mesmo valor.

Na terça-feira, a representação dos Estados Unidos para o comércio internacional (USTR, na sigla em inglês) divulgou uma lista de importações chinesas às quais propõe aplicar taxas alfandegárias, como retaliação pela "transferência forçada de tecnologia e propriedade intelectual norte-americana”.

Esta lista, que visa importações representando “aproximadamente 50 mil milhões de dólares” (41 mil milhões de euros), inclui 1.300 produtos de diferentes setores, como aeronáutica, tecnologias de informação e comunicação ou ainda robótica e máquinas, explicou a entidade, em comunicado.

As taxas propostas só poderão entra em vigor depois do período de apreciação pública, que termina em 11 de maio.

Observadores consideraram que as divergências crescentes entre a China e os Estados Unidos podem levar outros países a aumentar barreiras às importações, prejudicando as trocas comerciais em todo o mundo.

Continue a ler esta notícia