"Devem respeitar o direito da Turquia de defender as suas fronteiras" - TVI

"Devem respeitar o direito da Turquia de defender as suas fronteiras"

  • Élvio Carvalho
  • 24 nov 2015, 18:53
Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan [Fonte: Reuters]

Presidente turco diz que as autoridades turcas tentaram evitar o incidente com o avião russo a todo o custo, mas o piloto russo ignorou os 10 avisos emitidos pela Turquia

O presidente da Turquia, Tayyip Erdogan, reclamou, esta terça-feira, o direito a proteger as fronteiras do país, referindo-se ao incidente com o avião militar russo, abatido esta manhã na fronteira com a Síria.

Erdogan disse que a Turquia tentou evitar o incidente a todo o custo, mas o piloto russo ignorou os 10 avisos emitidos pelas autoridades turcas.

“Mesmo tendo sido avisado 10 vezes, em cinco minutos, porque estava a aproximar-se da nossa fronteira, continuou a com a violação [do espaço aéreo]. O avião foi abatido numa intervenção feita por F16 turcos.”


Como conta a Reuters, o presidente turco reafirmou que o país agiu de acordo com as suas regras, e que outros acidentes piores já podiam ter acontecido no passado.

“Só não aconteceram incidentes piores no passado, em relação à Síria, graças à “cabeça fria” da Turquia. Ninguém deve duvidar que fizemos todos os esforços para evitar este último incidente. Porém, todos devem respeitar o direito da Turquia de defender as suas fronteiras”.
 

Obama e Hollande pedem diálogo para evitar um cenário pior

 
O presidente dos EUA, Barack Obama, e o presidente francês, reunidos hoje em Washington
, pediram à Turquia e á Rússia que apurem o que realmente aconteceu, de forma a evitar qualquer tipo de consequências do incidente.

“A Turquia, como todos os países, tem o direito a defender as suas fronteiras. É muito importante para nós que russos e turcos falem, de forma a entender o que aconteceu exatamente, para que sejam tomadas medidas que desencorajem qualquer agravamento [da situação]”, disse Obama.


“Temos de prevenir um agravamento. Seria extremamente danoso”, acrescentou Hollande.

Também o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, pediu “cabeça fria” a ambas as partes envolvidas, para que novos incidentes do género não aconteçam. A posição de Ban Ki-moon foi transmitida pelo seu porta-voz, Staphane Sujarric.
 

“[Ban Ki-moon] pede a todas as partes que tomem medidas urgentes para não agravar as tensões. Ele espera que uma investigação credível e detalhada esclareça os eventos [de hoje] para prevenir novas ocorrências.”

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