Irão executa ex-funcionário do Ministério da Defesa acusado de "espionagem" para a CIA - TVI

Irão executa ex-funcionário do Ministério da Defesa acusado de "espionagem" para a CIA

  • SL
  • 22 jun 2019, 18:14
Irão - bandeira junto a plataforma petrolífera

Jalal Haji Zavar foi acusado de espionagem para a Agência Central de Informações (CIA) e a ex-mulher do condenado cumpre pena de prisão por "cumplicidade na espionagem"

O Irão executou um ex-funcionário do Ministério da Defesa, sob acusação de espionagem para a Agência Central de Informações (CIA)

Jalal Haji Zavar, um fornecedor da organização aerospacial do Ministério da Defesa que era um espião da CIA e do governo americano, foi executado", revelou a agência de notícias Isna, não divulgando quaisquer detalhes sobre a execução.

Jalal Haji Zavar já não trabalhava para a organização norte-americano há vários anos. Acabou por ser condenado por um tribunal militar e a sentença foi executada na prisão de Rajai-Shahr, na cidade de Karaj, a noroeste de Teerão, de acordo com o The Guardian.

A ex-mulher do condenado está também presa, por suspeita de “cumplicidade na espionagem”.

A execução pode aumentar ainda mais a tensão entre os EUA e o Irão. Este sábado, Teerão alertou Washington que mínimo ataque terá "consequências devastadoras".

Estas afirmações acontecem numa altura em que aumenta a tensão entre os dois países após o derrube de um drone (aparelho aéreo não-tripulado) norte-americano pelas forças iranianas, que levou Washington a preparar ataques aéreos retaliatórios, cancelados à última hora pelo Presidente Donald Trump.

O pedido de Washington solicita discussões com os 15 Estados-membros que compõem este órgão máximo da ONU (por ter a capacidade de fazer aprovar resoluções com caráter vinculativo) “sobre os últimos acontecimentos relacionados com o Irão e os recentes incidentes envolvendo petroleiros” estrangeiros, indicou uma fonte diplomática, citada pela agência noticiosa francesa France-Presse (AFP) que falou sob a condição de anonimato.

Segundo uma outra fonte diplomática, citada igualmente pela AFP, a reunião deve ser realizada na segunda-feira à tarde.

O Irão alegou que o drone de vigilância marítima RQ-4A Global Hawk estava em espaço aéreo iraniano e que foi alertado várias vezes antes de ser lançado um míssil contra ele.

O estreito de Ormuz, no Golfo de Omã, ao largo do Irão, é uma área considerada como vital para o tráfego mundial de petróleo.

Um mês antes destes recentes incidentes, outros quatro navios, incluindo três petroleiros, já tinham sido alvo de atos de sabotagem no mar de Omã, ao largo dos Emirados Árabes Unidos.

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