Mais nove mortos em protestos no Irão - TVI

Mais nove mortos em protestos no Irão

  • (Atualizada às 11:55) ALM com Lusa
  • 2 jan 2018, 07:21

Televisão estatal indicou que pelo menos 20 pessoas morreram em cinco dias de manifestações. Líder supremo do Irão acusa "inimigos" do país de estarem por detrás dos protestos

Pelo menos nove pessoas morreram em confrontos entre manifestantes e forças de segurança do Irão, noticiou hoje a televisão estatal iraniana

A televisão indicou que pelo menos 20 pessoas morreram em cinco dias de manifestações.

De acordo com a mesma fonte, seis pessoas foram mortas durante um ataque contra uma esquadra da polícia na cidade de Qahdarijan.

Os confrontos começaram quando manifestantes tentaram roubar armas da esquadra, indicou.

A televisão estatal iraniana acrescentou que um rapaz de 11 anos e um homem de 20 foram mortos na cidade de Khomeinishahr, enquanto um membro dos Guardas da Revolução morreu na cidade de Najafabad.

Aquelas cidades situam-se na província de Isfahan, no centro do país, a cerca de 350 quilómetros a sul de Teerão.

Os protestos começaram na quinta-feira passada na cidade de Mashhad, inicialmente contra a subida dos preços dos alimentos e a corrupção.

As manifestações alastraram entretanto várias cidades do país, com palavras de ordem contra o Governo e o líder supremo, 'ayatolah' Ali Khamenei.

Líder supremo do Irão acusa "inimigos" do país de estarem por detrás dos protestos

Líder supremo que acusou hoje os inimigos da república islâmica de estarem por detrás das manifestações dos últimos dias.

Segundo a página eletrónica oficial do líder supremo, Khamenei diz que "nos últimos dias", os inimigos do Irão utilizaram vários meios, incluindo dinheiro, armas, política e serviços de informação "para criar problemas ao sistema islâmico".

Para o líder iraniano, os inimigos do país "esperam apenas uma ocasião para se infiltrarem e atacarem o povo iraniano".

O que pode impedir o inimigo de agir é o espírito de coragem, de sacrifício e a fé do povo, de que vocês são testemunhas", disse, dirigindo-se às famílias dos soldados mortos em combate.

Khamenei, que tem a última palavra nas questões de Estado, não se referiu a qualquer país em concreto, mas disse que iria desenvolver a ideia num futuro próximo.

Esta foi a primeira vez que Khamenei comentou publicamente os protestos que começaram na quinta-feira em Mashhad e se espalharam a outras cidades.

 

Continue a ler esta notícia