Ele sobreviveu ao massacre de Las Vegas, mas morreu no tiroteio desta quarta-feira - TVI

Ele sobreviveu ao massacre de Las Vegas, mas morreu no tiroteio desta quarta-feira

  • Sofia Santana
  • 9 nov 2018, 12:11
Telemachus Orfanos

A mãe, Susan Orfanos, não escondeu a revolta. Em declarações aos jornalistas, a mulher fez um apelo emocionado, exigindo o controlo da utilização de armas nos Estados Unidos

Telemachus Orfanos esteve, por duas vezes, no sítio errado à hora errada. O norte-americano estava no festival de música de Las Vegas onde ocorreu o massacre que fez 59 mortos, no ano passado. Sobreviveu à tragédia, mas, esta quarta-feira, a sorte não lhe voltou a sorrir. Orfanos estava no bar em Thousand Oaks onde um homem decidiu abrir fogo indiscriminadamente. Ele e outras 11 pessoas morreram no ataque.

Depois de ter sido informada que o filho era uma das vítimas mortais do tiroteio que ocorreu na quarta-feira, a mãe, Susan Orfanos, inconformada, não escondeu a revolta. Em declarações aos jornalistas, a mulher fez um apelo emocionado, exigindo o controlo da utilização de armas nos Estados Unidos.

O meu filho esteve no tiroteio de Las Vegas o ano passado. Eu não quero mais orações. Não quero sentimentos. Eu quero controlo de armas”, desabafou, numa entrevista à ABC News.

“Tenho apenas estas palavras: controlo de amas. Agora, agora, agora, agora. Não à NRA [a maior organização de defesa do direito ao uso de armas], não ao dinheiro. Controlo de armas agora", continuou Susan Orfanos.

Telemachus Orfanos estudou no liceu de Thousand Oaks e depois no colégio Moorpark. Mais tarde ingressou na Marinha. Voltou à vida de civil e à localidade de Thousand Oaks, a cerca de 65 quilómetros de Los Angeles

No ano passado, viajou para Las Vegas, no Nevada, para o festival de música country onde 59 pessoas morreram e centenas ficaram feridas, depois de um homem ter disparado sobre a multidão a partir de um quarto de hotel. Este foi o tiroteio mais mortífero de sempre nos Estados Unidos.

Mais de 870 pessoas morreram em tiroteios nos Estados Unidos desde 1982, de acordo com os dados da revista independente sem fins lucrativos Mother Jones.

Em fevereiro, um tiroteio num liceu em Parkland, no estado da Florida, que matou 14 alunos e três professores, chocou o país e voltou a colocar em destaque a questão do controlo de armas. Os familiares e amigos das vítimas uniram-se, exigindo o controlo de armas, numa marcha que teve como lema "March for our Lives".  

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