Furacão Ida: alterações climáticas na origem de ciclones cada vez mais frequentes - TVI

Furacão Ida: alterações climáticas na origem de ciclones cada vez mais frequentes

"Estamos a falar de danos causados por ventos muito fortes e da quantidade da precipitação acumulada em zonas densamente povoadas", explica investigador.

O furacão Ida, que atingiu este domingo o estado do Luisiana, nos Estados Unidos, está agora a ganhar intensidade. As alterações climáticas e as emissões de gases de efeito de estufa têm efeito direto na atmosfera, o que faz com que estes fenómenos sejam cada vez mais frequentes.

Encontra-se neste momento um furacão de categoria 2. À partida está a ganhar intensidade, está a ganhar força", começou por explicar à TVI Pedro Garret, investigador e professor da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. 

O especialista avançou que a tempestade tropical, este domingo categorizada no nível 1, está por isso a ganhar força.

Estamos a falar de danos causados por ventos muito fortes e da quantidade da precipitação acumulada em zonas densamente povoadas", explicou o professor, que aconselhou a população a recolher-se, como forma de proteção, evitando estar perto de janelas e objetos que possam cair.

Recorde-se que o aumento das temperaturas do mar e da atmosfera, em conjunto com a energia dos oceanos, são fatores propícios à formação de ciclones, que atingem grandes velocidades de vento e, a atmosfera mais húmida provoca precipitações intensas, não só nas zonas costeiras, mas também em áreas populacionais.

Estes fenómenos são mais frequentes em zonas tropicais, o que justifica que esta zona dos Estados Unidos esteja sujeita a este tipo de episódios com mais regularidade.

O facto de a atmosfera estar mais quente faz com que estes ciclones progridam de forma mais lenta, ou seja, à medida que caminham mais devagar, vão provocando danos de maior intensidade, chuvas intensas e inundações, à semelhança do que tem acontecido nos últimos anos.

Consequência disto é também o aumento dos níveis do mar e a destruição de infraestruturas ao longo da costa. 

O especialista garantiu ainda que é difícil traçar uma trajetória exata para a tempestade, mas a tendência é que se desloque parta norte, como é habitual. 

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