Estados Unidos sancionam Organização de Energia Atómica do Irão e seu diretor - TVI

Estados Unidos sancionam Organização de Energia Atómica do Irão e seu diretor

  • CE
  • 31 jan 2020, 09:23
Estados Unidos da América

Tensão entre Washington e Teerão atingiu este mês um ponto alto com a morte de Qassem Soleimani

O Governo norte-americano anunciou na quinta-feira sanções contra a Organização de Energia Atómica do Irão e contra o seu diretor, Ali-Akbar Salehi.

A Organização de Energia Atómica de Irão desempenhou um grande papel na hora de romper os seus principais compromissos nucleares. Excedeu os limites do seu ‘stock’ de enriquecimento de urânio”, disse Brian Hook, o encarregado do Irão no Departamento de Estado dos EUA, em conferência de imprensa.

Brian Hook adiantou que o diretor daquela organização “inaugurou pessoalmente a instalação de centrifugadores novos e avançados para expandir a capacidade de enriquecimento”.

Paralelamente, o responsável norte-americano anunciou a extensão por mais 60 dias de restrições nucleares sobre o Irão que “permitem a continuação de projetos de não proliferação” nuclear a empresas estrangeiras, mas não norte-americanas.

Vamos monitorizar de perto todas as iniciativas do programa nuclear do Irão”, garantiu ainda Hook.

A tensão entre Washington e Teerão atingiu este mês um ponto alto com a morte de Qassem Soleimani.

O general Qassem Soleimani, emissário da República Islâmica no Iraque, foi morto em 3 de janeiro num ataque em Bagdade ordenado por Washington.

Em retaliação, o Irão lançou uma salva de mísseis sobre bases com militares norte-americanos no Iraque.

EUA e Irão, sem relações diplomáticas desde 1979, têm vivido numerosas crises desde que o Presidente norte-americano, Donald Trump, ordenou a saída dos EUA do acordo nuclear subscrito com potências mundiais em 2015.

Desde então, Washington tornou a impor sanções sobre a economia iraniana.

À crise somou-se o derrube acidental por parte de Teerão de um avião civil ucraniano pouco depois de levantar voo do aeroporto de Teerão e que causou a morte aos seus 176 ocupantes.

Continue a ler esta notícia

EM DESTAQUE