Bombista de Bruxelas acusado também pelos ataques de Paris - TVI

Bombista de Bruxelas acusado também pelos ataques de Paris

Mohamed Abrini

Mohamed Abrini foi entregue hoje às autoridades francesas "por um dia", no quadro de cooperação entre os dois países e no âmbito da investigação aos atentados de 13 de novembro de 2015

Um dos autores dos ataques de Bruxelas, em março de 2016, foi formalmente acusado pelos atentados de Paris, em novembro de 2015, informaram os seus advogados, nesta segunda-feira, citados pela agência France Presse (AFP).

Mohamed Abrini foi detido na Bélgica em abril do ano passado e hoje foi entregue às autoridades francesas por "um dia". Foi presente a um coletivo de seis juízes, perante o qual ouviu a acusação. Não foi interrogado, segundo a televisão francesa BFMTV.

A BFMTV adianta, também, que a transferência de Mohamed Abrini foi assegurada pelo grupo de intervenção da polícia nacional francesa (GIGN, no original). A viagem decorreu por terra, sob forte escolta policial.

O belga de origem marroquina, de 31 anos, é considerado pela justiça francesa o 11.º homem na cadeia de comando dos ataques de 13 de novembro em Paris, em que morreram 130 pessoas, e pertencia à mesma célula terrorista do mentor dos seis atentados, Abdelhamid Abaaoud

Num curto comunicado, a procuradoria federal belga informa apenas que, no quadro da cooperação entre os dois países, e "no âmbito da investigação aos atentados de Paris de 13 de novembro de 2015, Mohamed Abrini foi entregue às autoridades judiciárias francesas pelo período de um dia".

 

Mohamed Abrini foi filmado em novembro, dois dias antes dos atentados de Paris, numa estação de serviço nos arredores da capital francesa, na companhia de Salah Abdeslam, um dos principais atacantes e que esteve meses em fuga. O carro em que os dois viajavam foi uma das viaturas usadas na trágica noite de 13 de novembro. 

Este suspeito foi também captado pelas câmaras do aeroporto de Bruxelas com os dois bombistas suicidas, num ataque em que morreram 11 pessoas, tendo ficado na altura conhecido como o "homem do chapéu". O seu ADN foi ainda encontrado em dois apartamentos utilizados pelos terroristas, um deles arrendado num nome português, no bairro belga de Schaerbeek.
 

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