Rio2016: "Não há segundo grupo terrorista", garante ministro - TVI

Rio2016: "Não há segundo grupo terrorista", garante ministro

Soldado militar brasileiro

Autoridades dizem que o facto de alguém fazer a apologia do terrorismo na Internet não significa que esteja a preparar um ataque, mas que estão atentas a todas as movimentações

O ministro da Justiça do Brasil, Alexandre de Moraes, negou na segunda-feira a existência de um segundo grupo de supostos terroristas que estaria a preparar ataques durante os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, que se realizam em agosto.

Não há segundo grupo, não há nada premente. Nós temos, e eu já disse várias vezes isso, mais de uma centena de pessoas que são monitorizadas, mas sem nenhum indício de ato preparatório", disse o governante aos jornalistas em Brasília.

Moraes lembrou que o facto de alguém fazer a apologia do terrorismo na Internet não significa que esteja a preparar um ataque. No entanto, as autoridades estão atentas.

Alguém que entre em algum site que faz apologia ao terrorismo passa a ter atenção especial por parte das forças de segurança, mas não significa que ela está a pensar em alguma coisa, pode ter tido curiosidade, pode ter ido por trabalho, por função, e isso está a ser monitorizado", explicou.

De acordo com a Globo, as autoridades brasileiras estavam a investigar a suspeita de existir um segundo grupo terrorista, com ligações ao que foi identificado, através da Internet, na última semana. A Operação Hashtag deteve dez brasileiros suspeitos de integrarem uma célula terrorista internacional do Estado Islâmico, no país.

Segundo o jornal Estadão, a justiça emitiu 12 mandados de prisão temporária por 30 dias podendo ser prorrogados por mais 30, precisamente o período necessário para a conclusão dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, que começam dentro de dez dias.

A Operação Hashtag pretende investigar a possível ligação de brasileiros ao auto-intitulado Estado Islâmico. De acordo com uma nota da polícia federal, escutas telefónicas revelaram que os suspeitos e detidos "preconizam a intolerância racial, de género e religiosa, bem como o uso de armas e táticas de guerrilha para alcançar seus objetivos".

De acordo com informações do ministro brasileiro da Justiça comunicadas à imprensa, os detidos manteriam conversas online mas não se conheciam pessoalmente.

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