Buscas pelo voo MH370 revelam segredos escondidos no fundo do mar - TVI

Buscas pelo voo MH370 revelam segredos escondidos no fundo do mar

  • JFF
  • 11 fev 2018, 16:19
Buscas no Oceano Índico

Embarcações contratadas para procurar os destroços do avião da Malaysia Airlines parecem estar a trazer ao de cima mistérios do fundo do oceano. Conteúdo de uma caixa encontrada no interior de um navio naufragado há cerca de 200 anos permanece ainda desconhecido

O desaparecimento do voo MH370 da Malaysia Airlines continua a ser um dos maiores mistérios na história da aviação. As buscas pelos seus destroços têm revelado outros desastres, nomeadamente naufrágios de diversas embarcações, todos na zona onde os especialistas pensam que o avião se terá despenhado. 

O último navio contratado para procurar o avião foi o Seabed Constructor. O desaparecimento por um período de três dias, e o facto de ter desligado o seu Sistema de Identificação Automática (AIS, na sigla original), a 31 de janeiro, veio alimentar ainda mais o enigma.

Mas não foi só este o navio que tentou a sua sorte nas buscas pelo MH370 – já muitos outros percorreram o fundo do oceano na esperança de alcançar respostas: Fugro Equator, Fugro Discovery e Havila Harmony. No entanto, tudo o que encontraram até agora foram destroços de embarcações naufragadas, também elas misteriosamente desaparecidas, a quase quatro quilómetros de profundidade.

No total, são quatro naufrágios encontrados pela empresa contratada para encontrar o MH370. E todos na mesma área: no chamado "sétimo arco", uma curva que se estende ao longo da costa ocidental da Austrália e onde se pensa que o avião se terá despenhado. 

Os primeiros destroços encontrados pertencem a um navio de carga de madeira e carvão, do início dos anos 1800. Outros fazem parte do SV Inca, uma embarcação que desapareceu depois de se desviar da rota, em 1911.

Embarcação SV Inca

Foi nas redondezas dos dois naufrágios que se perdeu o contacto com o Seabed Constructor, tornando impossível controlar a sua rota. Esta situação deu origem a várias teorias da conspiração, criando os rumores de que a tripulação poderia ter encontrado algo relacionado com o MH370 ou de que se tinha desviado da rota de viagem na procura de um tesouro escondido no fundo do mar.

De acordo com o jornal australiano News.com.au, os rumores são falsos, uma vez que a verdadeira caixa do tesouro, pertencente à embarcação SV Inca, permanece ainda fechada.

Foi a sete de março de 2015 que os tripulantes do Fugro Equator encontraram aquilo que pareciam ser os destroços do avião da Malaysia Airlines, no dia que marcava o primeiro aniversário do desaparecimento do Boeing 777.

Destroços do naufrágio, inicialmente confundidos com o avião despenhado

Quando conseguiram identificar uma âncora, perderam quaisquer esperanças que poderiam ter.

Âncora intacta nos destroços do navio

Eram os destroços de um naufrágio”, afirmou Paul Kennedy, diretor-executivo da Fugro, à news.com.au.

O único elemento da embarcação, com cerca de 200 anos, que não estava deteriorada era uma caixa retangular.

Caixa misteriosa encontrada nos destroços

Tem três metros de comprimento e talvez um metro e meio de largura e ainda permanece fechada. Todo o navio está a deteriorar-se e permanece um grande cofre a cerca de 4.000 metros de profundidade… a nossa questão é «o que está na caixa?»”, explicou Kennedy.

Ainda que a localização dos destroços do avião MH370 permaneça uma incógnita, as buscas para o encontrar parecem estar a resultar em achados também bastante misteriosos. A eles se deve a lenda do tesouro escondido no fundo do Oceano Índico.

O Seabed Constructor prepara-se agora para partir de novo para as buscas, esta segunda-feira, 12 de fevereiro. Está atracado na doca de Henderson, na Austrália, desde a última quinta-feira. A razão para o seu desaparecimento de três dias não é ainda conhecida.

O voo MH370 desapareceu em março de 2014, tendo estado ausente de todos os sistemas de controlo sem nenhuma explicação. Nele viajavam 239 passageiros e tripulantes, na sua maioria oriundos da China e da Malásia. 

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