Hotel de luxo elimina 95% dos mosquitos para agradar ricos e famosos - TVI

Hotel de luxo elimina 95% dos mosquitos para agradar ricos e famosos

The Brando resort

Complexo, que pertencia ao ator de Hollywood Marlon Brando, é tão exclusivo que apenas pessoas como Beyoncé e Barack Obama podem pagar os cerca de 3.700 euros por noite para ficar num bungalow de dois quartos

O resot The Brando, numa ilha no Oceano Pacífico a norte do Taiti, é um dos mais luxuosos do mundo, e continua a desenvolver estratégias para atrair mais turistas ricos e famosos. O último passo foi eliminar os insetos que deixam picadas indesejadas.

O complexo, que pertencia ao ator de Hollywood Marlon Brando, é tão exclusivo que apenas pessoas como Beyoncé e Barack Obama podem pagar os cerca de 3.700 euros por noite para ficar num bungalow de dois quartos.

Apesar dos preços elevados praticados naquela ilha oceânica, o The Brando é um dos complexos hoteleiros mais ecológicos do planeta, estando cada vez mais próximo de se tornar “neutro em emissões de carbono e autossustentável”, refere Richard Bailey, o atual dono, de acordo com a BBC.

À medida que o ecoturismo e as preocupações ambientais crescem, os resorts procuram adaptar-se e oferecer aos clientes serviços que permitam escolhas mais responsáveis e sustentáveis. Por essa razão, no The Brando, além de a eletricidade ser gerada a partir de painéis solares e biocombustível, o sistema de refrigeração é feito com recurso a águas muito frias do fundo do oceano.

Muitas vezes, a sustentabilidade não parece compatível com o luxo do mercado hoteleiro, mas o The Brando prova que isso é possível", afirma Graham Miller, professor de sustentabilidade nos negócios na Universidade de Surrey, Inglaterra.

A novidade é que, além do contributo para um mundo mais saudável, através do recurso ao ecoturismo, os hóspedes serão presenteados com a ausência de mosquitos picadores naquela ilha.

Através de um programa de esterilização, o The Brando eliminou a população destes insetos em cerca de 95%. Mosquitos machos, que não picam, e infetados com uma bactéria esterilizante, foram libertados para tornarem as fêmeas que picam estéreis.

O sucesso do projeto convenceu o governo a financiar uma estrutura muito maior para reprodução que permitirá expandir o programa para outras ilhas do Pacífico", destacou Frank Murphy, diretor executivo da Sociedade Tetiaroa, a organização não-governamental responsável pelo programa de esterilização.

O próximo objetivo é aplicar medidas para erradicar também os ratos invasores, que podem em causa o desenvolvimento saudável de outras espécies, como as crias de tartaruga ou aves marinhas.

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