A deputada trabalhista Jo Cox, assassinada a semana passada em plena rua, no Reino Unido, estava a trabalhar num relatório sobre o aumento da islamofobia e sobre os perigos do nacionalismo radical agressivo.
A deputada estava a escrever o relatório com a ajuda da Tell Mama, uma instituição de caridade que identifica incidentes anti-islâmicos em Inglaterra, e que alertou para um aumento da agressividade e da islamofobia no último ano. O documento iria ser entregue no Parlamento britânico.
O diretor da instituição revelou ao jornal Times que o relatório iria detalhar essa escalada do movimento anti-muçulmanos no último ano.
Jo Cox, de 41 anos, não resistiu aos ferimentos após ter sido atingida a tiro e apunhalada na última quinta-feira, na cidade de Birstall, norte de Inglaterra.
Thomas Mair foi entretanto formalmente acusado da morte da deputada trabalhista. O suspeito chegou ao tribunal de Londres para um primeiro interrogatório e não mostrou qualquer arrependimento. As autoridades estão a investigar a ligação deste homem a movimentos de extrema-direita.