Transplante de pénis realizado com sucesso nos EUA - TVI

Transplante de pénis realizado com sucesso nos EUA

Thomas Manning

Thomas Manning, de 64 anos, é o primeiro norte-americano a receber um transplante de pénis, o terceiro no mundo

Um homem de 64 anos tornou-se o primeiro norte-americano a receber um transplante de pénis, quase quatro anos depois de ter sido amputado devido a um cancro.

A operação foi realizada na semana passada no hospital geral de Massassuchets, em Boston, demorou 15 horas, e foi classificada pelos médicos como um “marco para cirurgia”. Na intervenção participaram vários especialistas, incluindo urologistas, cirurgiões plásticos e psiquiatras, que doaram o seu tempo para a operação experimental.

Como escreve o New York Times, o órgão foi doado pela família de um homem que preferiu permanecer no anonimato. Os médicos acreditam que a cirurgia foi um sucesso e que o paciente deverá recuperar completamente as funções urinárias e sexuais dentro de alguns meses, já que não há sinais de rejeição ou infeção.

O paciente, Thomas Manning, foi o terceiro homem no mundo a receber um transplante de pénis, mas o primeiro a dar a cara após a cirurgia. Manning acredita que só dessa forma se pode quebrar o estigma e os complexos em volta destes problemas de saúde.

Não se escondam atrás de uma pedra. (…) Hoje começamos um novo capítulo cheio de esperança, para mim e para todos os que sofrem de complicações nos genitais. Partilho este sucesso porque espero que possamos ter um grande futuro neste tipo de transplantes.”

No mesmo hospital já há outro paciente que vai receber a mesma intervenção, estando apenas a aguardar por um dador compatível. O homem perdeu o pénis na sequência de um acidente de carro.

Segundo a BBC, o primeiro transplante do género realizado com sucesso foi num hospital sul-africano em 2015, num homem que teve o pénis amputado devido a complicações com uma circuncisão. O homem de 21 anos recuperou as funções normais do pénis e já foi pai.

Em 2006, a mesma cirurgia já tinha sido realizada na China, mas o paciente pediu a sua reversão por “problemas psicológicos graves” manifestados pelo doente e pela esposa. 

Continue a ler esta notícia