Quase 17 anos depois, o 11 de Setembro ainda mata - TVI

Quase 17 anos depois, o 11 de Setembro ainda mata

Morte de Bin Laden

Só este mês morreram mais dois bombeiros que estiveram de serviço após o atentado terrorista. Estudos indicam que muitos dos socorristas sofreram traumas ou contraíram doenças após trabalharem no dia ou na limpeza dos escombros nos meses posteriores.

Oficialmente morreram 2977 pessoas devido ao ataque terrorista às Torres Gémeas, a 11 de setembro de 2001, mas a lista de pessoas que morreram indiretamente por causa da tragédia continua a aumentar.

Neste mês de março morreram mais dois bombeiros, Thomas Phelan e Keith Young, que estiveram de serviço nesse dia.

Segundo a Associação de Bombeiros da Grande Nova Iorque (UFANYC, a sigla em inglês), Thomas e Keith são a vítima 172 e 173 dos voluntários que socorreram naquele dia e que ficaram com traumas ou doenças que os levaram à morte, devido à presença no local.

Na altura, Thomas Phelan trabalhava como piloto de Ferry, que transportava turistas entre Manhattan e a ilha onde está a Estátua da Liberdade. Como todas as vias foram encerradas, muitas das vítimas foram transportadas pelo Rio Hudson até Nova Jérsia e Phelan era um dos pilotos de serviço. Entrou para os bombeiros apenas em 2003 e há poucos meses diagnosticaram-lhe um cancro nos pulmões, acabando por falecer a 16 de março.

Um dia depois morreu Keith Young, vítima de um tumor na pélvis, contra o qual lutava desde 2015. Keith era bombeiro desde 1998 e trabalhou nos escombros das Torres Gémeas durante nove meses.

Segundo indica a UFANYC, só em 2018 já morreram sete bombeiros devido a problemas relacionados com o 11 de setembro e um em cada oito bombeiros que estiveram de serviço sofre de cancro.

O Centro para o Controlo e Prevenção de Doenças, dos EUA, estima que mais de 400 mil pessoas estiveram expostas a poluentes tóxicos ou sofreram algum tipo de trauma e o Comité de Saúde Operacional reforça o argumento, referindo que aproximadamente seis mil socorristas presentes no local dos atentados sofrem de cancro.

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