Trump anuncia acordo "fantástico" sobre TikTok que envolve Oracle e Walmart - TVI

Trump anuncia acordo "fantástico" sobre TikTok que envolve Oracle e Walmart

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  • 19 set 2020, 23:39

Objetivo do acordo é fazer com que a empresa tenha sede nos Estados Unidos

O Presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou este sábado um acordo de princípio "fantástico", que envolve a aplicação chinesa de partilha de vídeos TikTok e a Oracle e a Walmart.

Dei a minha aprovação ao acordo. Se se concretizar, tanto melhor. De contrário, também estará bem", acrescentou o Presidente republicano, antes de partir para uma reunião de campanha na Carolina do Norte.

As primeiras sanções norte-americanas contra a TikTok, acusada de ameaçar a segurança nacional dos Estados Unidos, deverão entrar em vigor no domingo.

O The Wall Street Journal (WSJ) adianta que Trump deu 'luz verde' ao acordo de princípio, segundo o qual a aplicação ('app') de partilha de vídeo TikTok fará uma parceria com a Oracle e a Walmart para se tornar uma empresa com sede nos Estados Unidos, depois de debates sobre a segurança nacional e o futuro da Internet.

A administração Trump alega que os dados dos utilizadores norte-americanos recolhidos pela TikTok podem ser partilhados com o Governo chinês, mas a 'app' tem garantido que tal nunca irá acontecer.

Com este acordo, a tecnológica Oracle 'bateu' todas as empresas que estavam na corrida pela TikTok, onde se inclui a Microsoft e o Twitter.

Entretanto, na sexta-feira, a TikTok tinha condenado a decisão norte-americana de proibir o seu descarregamento (transferência das aplicações) a partir de domingo nos Estados Unidos e assegurou ter apresentado todas as garantias de respeito da segurança dos utilizadores.

O Presidente dá até 12 de novembro para se resolverem os problemas de segurança nacional colocados pela TikTok. As proibições poderão ser levantadas consoante as circunstâncias", disse o departamento do Comércio, na sexta-feira.

A ByteDance, empresa chinesa proprietária da TikTok, estava já há algum tempo em negociações para ceder as suas atividades nos Estados Unidos a um grupo norte-americano.

A TikTok é popular entre os adolescentes, tem cerca de 100 milhões de utilizadores nos Estados Unidos e quase mil milhões em todo o mundo.

TikTok adia proibição até 27 de setembro

A aplicação TikTok, filial da sociedade chinesa ByteDance ameaçada de ser proibida nos Estados Unidos, anunciou hoje um acordo de princípio com a Oracle, como parceiro tecnológico, e com a Walmart, em termos comerciais.

"Estamos felizes que a proposta da TikTok, Oracle e Walmart resolva os problemas de segurança apontados pela administração norte-americano e as questões relativas ao futuro da TikTok nos Estados Unidos", disse um porta-voz.

O acordo, a ser concluído, vai permitir a criação de uma empresa, possivelmente com sede no estado do Texas, acrescentou Trump, que ameaçou proibir as operações da aplicação nos Estados Unidos por considerar estar em risco a segurança nacional do país.

A nova empresa vai contratar pelo menos 25 mil pessoas e contribuir com cinco mil milhões de dólares (cerca de 4,2 mil milhões de euros) para um fundo dedicado à educação dos norte-americanos. "Isso é a contribuição deles que tenho pedido", disse Trump.

A Oracle, multinacional norte-americana de tecnologia informática, vai ser responsável por toda a informação dos utilizadores norte-americanas da aplicação chinesa de partilha de vídeos, e pela proteção dos sistemas informáticos de modo a garantir o cumprimento das exigências de segurança nacional impostas pela administração Trump.

A Wallmart, multinacional norte-americana de venda a retalho, vai fornecer as plataformas de comércio digital e outros serviços comerciais à TikTok, que tem cerca de 100 milhões de utilizadores nos Estados Unidos e quase mil milhões em todo o mundo.

Na sequência do anúncio deste acordo, o Departamento de Comércio norte-americano anunciou, no sábado, que ia adiar pelo menos até 27 de setembro a proibição de descarregamento da TikTok. A proibição devia entrar hoje em vigor.

A decisão foi tomada "em vista dos recentes desenvolvimentos positivos", indicou o departamento, num comunicado difundido pouco depois da confirmação pela aplicação chinesa sobre um projeto de acordo sobre a gestão das atividades nos Estados Unidos.

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